Ministro renuncia ao gabinete de guerra de Israel e enfraquece Netanyahu

Premiê ainda mantém coligação majoritária no Parlamento, mas saída de Banny Ganz, líder centrista, traz para Natanyahu maior dependência de aliados da extrema direita

Netanyahu. Foto: Gil Cohen Magen / shutterstock

O gabinete de guerra de Israel, formado após os ataques dos Hamas, no dia 7 de outubro, perdeu um dos seus três ministros neste domingo (9). Benny Gantz renunciou ao posto e deixou o governo de emergência de Benjamin Netanyahu.

O anúncio ocorre um dia após a operação Do exército israelense que salvou quatro reféns israelenses em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. O resgate, no entanto, causou a morte de outros três reféns, entre eles um cidadão dos Estados Unidos, informou o Hamas.

“Netanyahu está nos impedindo de avançar rumo a uma verdadeira vitória. É por isso que estamos deixando o governo de emergência hoje, com o coração pesado, mas com plena confiança”, disse Gantz em coletiva de imprensa televisionada.

A medida não representa de forma imediata uma ameaça a Netanyahu, uma vez que o primeiro-ministro é sustentado por uma coligação majoritária no Parlamento israelense. Porém, a renúncia de Gantz deixa o premiê mais depende de seus aliados da extrema direita.

O Gabinete de Guerra de Israel era composto por Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, mesmo partido do primeiro-ministro, o Likud, e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel e principal opositor da coalizão de extrema-direita que governa o Estado judeu.

A formação do gabinete de guerra com o ex-chefe militar de Israel foi um tentativa de demonstrar unidade no país, já que ele e o premiê disputaram a última eleição.

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