Ulemás do Iraque denunciam mais um massacre americano

A Conferência dos Ulemás do Iraque, que reúne os religiosos muçulmanos sunitas do país, denunciou nesta quarta-feira (27/9) as tropas de ocupação americanas por mais um massacre contra a população civil do país, ocorrido em uma ofensiva lançada hoje a nor

“As tropas de ocupação americanas invadiram nesta madrugada uma casa da zona de al-Katon e mataram quatro homens e quatro mulheres, duas delas grávidas”, denuncia uma nota da instituição religiosa.


 


Com a nota, a Conferência rebateu um comunicado divulgado hoje pelo comando americano, que dizia que quatro supostos “terroristas” e quatro mulheres teriam sido mortos em um ataque aéreo, lançado contra supostos “esconderijos de insurgentes” nas proximidades da cidade de Baquba, a 65 quilômetros da capital.


 


A nota afirma que o ataque foi lançado no momento em que essas pessoas — todas elas pertencentes à mesma família — faziam a última refeição antes do início do jejum do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que para os sunitas iraquianos começou no sábado passado.


 


De acordo com a Conferência, as forças americanas e o Governo do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, “têm a total responsabilidade por esse massacre imoral”.


 


O comando americano afirmou em seu comunicado que os soldados protagonizaram uma “troca de tiros com alguns insurgentes” que estavam “escondidos” dentro da casa. O documento afirma que, além das mulheres mortas, outra ficou ferida e foi levada a um hospital.