Lula x Alckmin – ou o povo contra Wall Street?

Leia o artigo elaborado pela campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto mostra por que Lula tem o apoio dos movimentos sociais, enquanto seu adversário, Geraldo Alckmin, é apontado como o candidato de “Wall Street”.

Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato a presidente preferido pela militância que atua nos movimentos sociais. Esta preferência é fácil de entender.


 


Primeiro, porque a trajetória de Lula faz parte da história da esquerda brasileira, da CUT, da UNE, dos movimentos de trabalhadores rurais, das mulheres, dos negros, dos índios e de tantas outras manifestações dos setores populares no Brasil.


 


Segundo, porque o governo Lula deu início ao atendimento das demandas acumuladas, há décadas ou séculos, pelas camadas populares.


 


Terceiro, porque o candidato Geraldo Alckmin é o preferido das elites nacionais e internacionais. Segundo reportagem recente do jornal Financial Times, “ele é o preferido dos círculos financeiros de Wall Street”.


 


Por qual motivo os ricos preferem o candidato tucano?


 


Com Geraldo Alckmin, antes na presidência do Programa de Desestatização e depois como governador, São Paulo foi privatizado.


 


O estado perdeu o Banespa como banco de fomento, a Fepasa (ferrovias), o Ceagesp (centro de abastecimento), a Eletropaulo (geradora da energia), a Comgás e a Companhia Paulista de Força e Luz.


 


A companhia de saneamento (Sabesp), o banco Nossa Caixa e outras instituições foram fragilizadas, com a venda irresponsável de ações. A extensa malha rodoviária foi entregue a preço de banana para empresas que multiplicam pedágios e assaltam os usuários nas tarifas – sem qualquer controle público.


 


Apesar dos recursos obtidos com as privatizações, R$ 32,9 bilhões, a dívida pública do estado de São Paulo só fez aumentar.


 


Em janeiro de 1995, no início do primeiro governo tucano, a dívida pública era de R$ 34 bilhões; no início de 2006, era de R$ 123 bilhões, quase duas vezes sua receita líquida. O Estado está mais pobre e debilitado, sem capacidade de investimentos, e vive aprisionado a uma dívida que consome mais de R$ 5 bilhões ao ano e que sugará seus recursos pelos próximos 30 anos.


 


Segundo balanço oficial, o rombo nas contas públicas do estado de São Paulo atingiu R$ 1,2 bilhão.


 


Cabe perguntar: se Alckmin deixou este rombo em São Paulo, o que ele faria com o Brasil? Se ele raspou o caixa e entregou o governo para o seu sucessor com um rombo difícil de ser saldado, o que ele faria com o Brasil?


 


Enquanto o governo tucano privatizava e endividava o estado de São Paulo, uma minoria acumulava privilégios. O número de famílias ricas em São Paulo saltou de 191 mil para 674 mil nas duas últimas décadas – pulou de 37,8% para 58% do total de famílias abastadas no Brasil.


 


Estas são as marcas principais da orientação econômica do governador Geraldo Alckmin, agora candidato à presidência da República. Em síntese, ele representa o ultraliberalismo na batalha sucessória!