PMDB não se altera com presença de Michel Temer na campanha de Alckmin

O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) avalia que a presença do presidente do PMDB, Michel Temer, na reunião da coordenação de campanha do candidato da coligação PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, na noite desta segunda-feira (16), em Brasília, “é um gesto si

“Não conduz o Partido nem um milímetro a mais a uma candidatura que já está nos estertores”, afirmou o peeemedebista, lembrando que “ele (Temer) já tinha declarado apoio ao Alckmin desde o primeiro turno, mas está lá muito mais como Michel Temer  do que como presidente do partido, já que não pode falar pelo Partido como um todo”.


 


Os presidentes dos partidos de oposição – do PFL, Jorge Bornhause; do PPS, Roberto Freire e do PMDB, Michel Temer – se reunirão às 19 horas desta segunda-feira, com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, para discutir uma reação conjunta contra a suposta operação de blindagem do presidente Lula no caso do dossiê Vedoin, assunto de matéria da revista veja desta semana.


 


Polêmica renovada


 


Segundo analistas políticos, o enredo da matéria é de difícil comprovação, mas a renovação da polêmica é do interesse da oposição, que voltou a usar o caso do dossiê em sua propaganda eleitoral. Como já fez efeito no primeiro turno, a aposta é que repetirá seu apelo para o eleitorado de maior instrução e renda, onde Alckmin vem perdendo pontos. Eles não têm alternativa senão insistir em novos ataques. 


 


A reportagem também contribui para minar o terreno pós-eleitoral. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Ibep), a repetição de notícias e histórias polêmicas sobre o caso do dossiê Serra promete dois efeitos políticos, um imediato e outro mais permanente. No momento, reforça a esperança da oposição no processo eleitoral.  E, após as eleições, em caso de vitória do presidente Lula, a continuidade do escândalo representará, para os grupos mais radicais da oposição, elementos para manter em operação a chamada “crise permanente”.


 


“Para complicar esse quadro, o governo Lula vem exibindo uma evolução ideológica que o afasta da oposição: está descartando reformas, não fala mais em cortes nos gastos públicos e ataca o programa de privatizações”, avaliam.


 


De Brasília
Márcia Xavier
Com agências