Lula em Manaus: Alckmin vê a Amazônia de uma janela da Paulista

O presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso de 32 minutos na tarde desta terça-feira, em Manaus, centrou suas críticas nos tucanos paulistas. Segundo ele, o povo do Amazonas, que lhe deu 78% dos votos válidos no

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (17), em Manaus, que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, “não conhece o Brasil”, e que para governar “não é preciso canudo, mas tem que entender a cabeça e o coração do povo”.


 


“São dois projetos em disputa: o deles, que só tem cabeça para o Sul e o Sudeste, e o nosso, em que todas as regiões são tratadas com igualdade. Queremos garantir que o Norte e o Nordeste deixem de ser vistos como os pobres do Brasil. Eles têm os mesmos direitos de se desenvolverem. Todas as regiões têm o direito de serem ricas”, afirmou.


 


Lula fez questão de ressaltar as diferenças entre os dois projetos de Brasil: “O deles é o projeto que privatiza o país e só cuida de um terço da população. O nosso defende o patrimônio público, investe em saúde e educação e governa para todos, sobretudo para os mais necessitados”. 


 


Uma carreata com 2 mil carros acompanhou o presidente do aeroporto de Manaus até o Centro de Convenções Estúdio 5, onde ele discursou para uma entusiasmada platéia de 6 mil pessoas.


 


Lula disse que seu governo está integrando a Amazônia ao Brasil, e citou obras como o gasoduto Coari-Manaus e a ponte que liga Brasil e Peru, além da decisão histórica de prorrogar a Zona Franca até 2023, o que deu aos empresários segurança para investir e contratar mais mão de obra.


 


Os investimentos realizados na Zona Franca subiram de R$ 3,1 bilhões em 2003 para R$ 5,1 bilhões em 2005, enquanto o faturamento das empresas saltou de R$ 31,9 bilhões para R$ 45,7 bilhões, e as exportações de US$ 1,2 bilhão para US$ 2,1 bilhão no mesmo período.  No Governo Lula, o número de empregos diretos pulou de 68 mil para nada menos que 103 mil.


 


Lula tranquilizou os empresários, garantindo que Manaus “não vai perder uma linha sequer com a TV Digital”, e fez questão de agradecer a votação extraordinária que recebeu do povo amazonense no primeiro turno.


 


“Vocês não têm idéia de como se sente um homem quando 78% do povo de um estado decide votar nele”, agradeceu.


 


Lula aproveitou para rebater os ataques desrespeitosos que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, faz a ele a seu governo. Virgílio foi candidato ao governo do Amazonas pelo PSDB, e teve apenas 5,5% dos votos.


 


“Seria melhor para o Amazonas se o líder da oposição no Senado ajudasse a cuidar do estado em vez de me xingar”.


 


Lula disse que será reeleito e que vai continuar trabalhando pelos que mais precisam, e conclamou a militância a “não baixar a guarda e ocupar cada rua”, para garantir a nova vitória do povo.


 


 “Durante 500 anos o Brasil teve desprezo pelos pobres, mas agora é diferente, porque minha relação com os pobres é de carne, é de origem”, lembrou.



Fonte: www.lula13.org.br