Roberto Amaral: ''Projeto do PSB é ter candidato em 2010''

Ao projetar as aspirações do PSB, o presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, é categórico: ''O projeto do partido é ter candidato à Presidência da República em 2010''. Porém não cita qual nome encampará essa missão.


 

Um dos possíveis candidatos é Ciro Gomes, que já disputou o cargo em 1998 e 2002, passando posteriormente a integrar o Ministério da Integração Nacional no governo Lula. Amaral adianta qual será a estratégia socialista para tentar o Palácio do Planalto em 2010. ''Iremos lançar candidatos a prefeitos em todas as capitais do país e em municípios com mais de 200 mil habitantes, as chamadas grandes cidades, em 2008''.



 
Ele se diz muito satisfeito com o desempenho da legenda nas eleições deste ano. O PSB conquistou dois Estados (CE e PE) e reelegeu Wilma de Faria no Rio Grande do Norte. Conseguiu também cumprir uma de suas principais metas, segundo Amaral: vencer a cláusula de barreira.



 
O dispositivo impede partidos de acesso a recursos e tempo de TV, por exemplo, caso não obtiverem 5% dos votos para deputado federal em todo o país, desde que 2% dos votos para deputado em pelo menos nove Estados.



 
Roberto Amaral destaca ainda a eleição no Espírito Santo de Renato Casagrande, para o Senado, com 1.031.487 de votos (62,37%). Trata-se do único político que conquistou uma cadeira na Casa nas eleições deste ano.



 
No pleito de 2002, a legenda havia conquistado quatro Estados: RJ, AL, ES e RN. No Rio e, em Alagoas, não lançou candidatos, optando por juntar-se a forças locais. No Estado capixaba apoiou Paulo Hartung, que migrou do PSB para o PMDB.



 
''Partido nordestino''



 
Para Vamireh Chacon, professor emérito de ciência política da UnB (Universidade de Brasília), o principal desafio do PSB é conquistar uma imagem nacional. ''As vitórias da sigla no Nordeste não são propriamente vitórias de expressão nacional.



 
Chacon acrescenta que as conquistas na região não são da legenda e, sim, ''de lideranças políticas locais''. Para o cientista político, Eduardo Campos (PE), Wilma de Farias (RN) e Cid Gomes (CE) não representam renovações ''porque encarnam em PE e RN forças tradicionais antigas, e recentes no CE''.


 


Com informações da Folha Online