Para líder do PT, PMDB “tem que dizer” quantos estão com Lula

O líder do  PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), fustigou o PMDB, dizendo que este partido “tem que dizer de fato quais são os parlamentares que querem apoiar, que têm identidade com o governo Lula”. A declaração, em entrevista publicada nes

“O PMDB tem que dizer de fato quais são os parlamentares que querem apoiar, que tem identidade com o governo Lula. Ontem mesmo nós tivemos uma votação aqui na Casa em que apareceu uma divisão dentro da bancada do PMDB. Então é necessário ter uma transparência quanto a isso. Não pode dizer ao presidente que a bancada é de tantos deputados, mas na verdade tem ali 10, 15 ou 20 parlamentares que não votam os projetos importantes para o governo”, disse Fontana.



Para o PT, “destaque estratégico”



O Líder do PT discordou quando perguntado se o “PMDB pode desequilibrar o novo governo Lula”. “Não, não há esta possibilidade”, respondeu. “O novo governo Lula vai ser mais sólido com uma base de sustentação mais segura e vai manter o equilíbrio com posições estratégicas para todos os partidos que comporão este governo”, assegurou.



Em seguinda, porém, Fondana disse que “o PT trabalha para ter uma posição de destaque estratégico exatamente por ser o partido do presidente da República, por ser um partido forte, um dos maiores desta base de sustentação”. Duas semanas atrás, no dia 8, Lula dera outra leitura ao fato de haver um petista na Presidência: “O PT já tem o cargo mais importante do governo, que é o cargo de presidente da República. Já é uma boa representação. O PT vai ter a participação no governo que tem o tamanho do PT”, foi o comentário de Lula.



Eleição dos presidentes das Casas



O líder petista falou também sobre a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro. “Um equilíbrio melhor indica a idéia de que o PMDB presida uma das Casa e outro partido presida a outra. Este outro partido pode ser o PT ou também algum outro. Nós precisamos ter muita calma porque esta decisão ocorrerá no início de fevereiro. Não adianta querer tomar a decisão definitiva com dois meses e meio de antecedência. As conversas estão ocorrendo e estão sendo extremamente respeitosas entre todas as partes”, comentou.



“Não adianta querer tomar a decisão definitiva com dois meses e meio de antecedência. As conversas estão ocorrendo e estão sendo extremamente respeitosas entre todas as partes”, disse ainda o líder da bancada petista na Câmara.
Indagado se há “esistência a uma candidatura do PT” e “a opção nesse caso seria o atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB)”, Fontana negou. “Acho que não existe uma resistência à candidatura do PT, assim como não há uma resistência do PT à candidatura de outros partidos. Pelo menos nas conversas que tenho tido com outros líderes não encontro estas resistências”, declarou.



Ironia com oposição no Senado



O deputado gaúcho achou “irônica” a aprovação pela oposição no Senado do projeto de um “13º salário” para o Bolsa Família. “Achei irônica a aprovação deste projeto, porque ouvi tantas críticas do PFL e do PSDB ao Bolsa Família dizendo que ele era um programa eleitoreiro, que era uma programa que não respeitava o cidadão, que era uma esmola…” Mas contestou o projeto, argumentando que “não temos base orçamentária para a demagogia que foi feita ontem”.



Sobre o reajuste dos parlamentares, Fontana foi taxativo: “Nós da bancada do PT, e eu pessoalmente, somos contra um reajuste de 94%”, declarou. Ele defendeu um índice que apenas reponha a inflação desde o último reajuste, há quatro anos, “que conforme os índices varia de 26, 27 ou 28% conforme o índice que for considerado.
Fonte: http://www.informes.org.br/