PMDB terá candidato à presidência da Câmara, mas defende consenso
O PMDB vai ter candidato à presidência da Câmara dos Deputados. O nome do candidato será anunciado na reunião da próxima terça-feira (12) com a participação dos candidatos eleitos para a próxima legislatura. A proposta foi aprovada pela bancada atual d
Publicado 06/12/2006 19:56
Embora não se assumam como candidatos, quem falou à imprensa foram exatamente aqueles que estão sendo cogitados – os deputados Geddel Vieira Lima (PB) e Eunício Oliveira (CE). Os dois apresentaram o mesmo discurso – não são candidatos, defendem o direito do PMDB de ter candidato e vão negociar em torno de um nome de consenso da base aliada.
Tanto Geddel quanto Eunício admitem que o PMDB abra mão do seu candidato para unir a base em torno de um nome de consenso. Eunício destacou “a preocupação do Partido em não fazer lançamento de nome para poder conversar, mas sendo a maior bancada tem o direito regimental e constitucional de indicar esse nome”.
O deputado Geddel Vieira Lima disse que a decisão do PMDB de hoje representa o início das negociações. “Abre uma viabilidade política para negociar, não adianta bater pé no chão porque não leva a canto nenhum”, disse, acrescentando que “o ideal é a base apresentar um só candidato”.
Para Eunício Oliveira, a cautela do PMDB na indicação de um nome é resultante do PMDB fazer parte da base do governo e não contestar a coalizão.
Geddel disse ainda que “o PMDB pode ceder, o PT pode ceder para todos. O que eu estou propondo é que não pode haver seis, sete candidatos para que o plenário não vire uma selva, uma aventura de ambições individuais. Não podemos admitir que depois de tantos problemas no passado, a Câmara não seja conduzida por um presidente que não agregue uma massa de apoio, que o solidifique e o legitime para ser o grande condutor das reformas que vão passar pela Câmara dos Deputados”.
A escolha de um nome de consenso na base aliada, segundo Geddel, “é um desafio que tem que ser vencido por todos os partidos que dão sustentação a essa coalizão, que têm que ter capacidade de escolher um nome que possa vencer as eleições e presidir a casa e aprovar importantes reformas que serão votadas”, afirmou.
Defesa do consenso
Sem admitir suas candidaturas, os dois deputados insistiram na necessidade de que o nome escolhido seja um consenso da bancada do PMDB e também da base de coalizão.
Para Geddel, uma candidatura que fuja à essa situação representa uma aventura política. “Eu tenho dito de forma clara que a respeito do meu nome não sou candidato, mas poderei ser desde que se preencha o requisito de que seja escolhido dentro da bancada e seja aceito na bancada de base dentro do governo de coalizão. Não sou aventureiro da política”, acentuou.
Também o deputado Eunício Oliveira destacou a necessidade do nome de consenso. “Não sejamos precipitado em fulanizar, vamos procurar na base um consenso para um único nome”, mas admitiu a possibilidade de disputa pela Presidência dentro da base do governo. “Se não for possível, haverá disputa pela presidência”, acrescentando que “vou procurar a unidade da base e estender essa união aos demais partidos, porque quem for eleito não será presidente somente da base”.
Tempo para negociar
O deputado cearense destacou o tempo que falta até o dia da eleição – 2 de fevereiro do próximo ano, tempo para apurar a escolha de um nome. “O nome que tiver melhor viabildiade dentro do processo eleitoral, não só da base, dos demais companheiros, que possam fazer esse entendimento”.
De Brasília
Márcia Xavier