Pesquisa retrata “coalizão social” do governo Lula

Os “cruzamentos” da pesquisa CNT-Sensus divulgada nesta terça-feira (10) mostram um retrato da “coalizão social”, que sustenta a coalizão político-partidária, do segundo mandato do presidente Lula. O governo continua com cômodo saldo de “bom” e “ótimo” en

Observe o gráfico ao lado. Ele mostra a avaliação do governo apurada pela CNT-Sensus em cada uma das faixas de renda. As faixas estão representadas na proporção que elas têm no eleitorado, conforme o critério do instituto Sensus: assim, a parcela com renda de um a cinco mínimos é mais larga, pois corresponde a 57,1% do total; enquanto a fatia que ganha acima de 20 mínimos é a mais estreita, 2,6%.



Versão atenuada da campanha eleitoral



A proporção de respostas “bom” e “ótimo” supera amplamente a de “ruim” e “péssimo”, mesmo nas camadas mais ricas. Mas é nítido que essa popularidade cai à medida que a renda sobe (embora haja um interessante salto na faixa acima de 20 mínimos).



Nas duas faixas mais pobres, por exemplo, as respostas “bom” e “ótimo” superam as “regular”: 58,5% a 29,3% para quem ganha até um mínimo; e 51,2% a 33,4% entre um e cinco mínimos. Nas demais, predomina o “regular”.



Estes resultados correspondem a uma versão atenuada do que aconteceu durante a campanha eleitoral do ano passado. Nesta época, a série CNT-Sensus (que não forneceu o “cruzamento” deste mesmo dado) mostravam o candidato da direita, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) à frente de Lula nas faixas acima de dez salários mínimos. Foi também um momento de ofensiva midiática orquestrada, que teve maior impacto das camadas internediárias para cima.



O resumo da ópera é que, entre agosto de 2006 e esta última pesquisa, a avaliação do governo federal subiu 5,9 pontos percentuais conforme a CNT-Sensus.  As respostas “bom” e “ótimo” subiram de 43,6%, na rodada anterior da pesquisa, para 49,5% nas entrevistas coletadas entre 2 e 6 de abril. Já as respostas “ruim” e “péssimo” oscilaram de 15,6% para 14,6%.



Simpatia é maior na juventude



Nos demais quesitos pesquisados, a pesquisa aponta também uma manutenção de tendências. O governo Lula (e também o presidente Lula) é melhor avaliado entre os homens que entre as mulheres, entre os interioranos e os municípios menores, entre os com menor escolaridade; e, com destaque, entre os nordestinos.



No item faixa etária, uma mudança: a simpatia pelo governo, que antes era difusa, agora se concentra nitidamente nas camadas mais jovens. Os eleitores com 16 e 17 anos dão 53,2% de “bom” e “ótimo” ao governo; os de 18 a 24 anos, 49,6%. A camada menos entusiasmada é a de 40 a 49 anos, com 45,1%. Na faixa de eleitores com mais de 50 anos, há outro requique e a percentagem volta a subir para 50,4%.



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Fonte: pesquisa CNT-Sensus