Compra de novos caças é a prioridade número 1 da FAB
O Projeto FX, suspenso desde abril de 2005, está sendo retomado este ano como “prioridade número um” do Comando da Aeronáutica. A iniciativa “recomeça da estaca zero” e será diferente do programa original, segundo adiantou ontem o brigadeiro-do-ar Paulo R
Publicado 21/04/2007 19:06
Os estudos para o reinício do programa de aquisição de caças supersônicos de quinta geração tecnológica, para cumprir as missões de superioridade da Força Aérea Brasileira (FAB), já foram iniciados e, segundo o brigadeiro Pertusi, o objetivo é concluí-los “o mais rapidamente possível”.
Fontes ligadas ao Alto Comando sustentam que o modelo a ser adotado será o de compra direta, em que a escolha é feita sem licitação, por meio de critérios técnicos – o acesso a novas tecnologias será determinante – e compensações financeiras. Isso, todavia, não impede fornecedores internacionais de apresentarem ofertas. Um caça avançado custa entre US$ 45 milhões e US$ 65 milhões. O prazo entre a assinatura do contrato e as primeiras entregas pode chegar a cinco anos.
O FX vai equipar o 1º Grupo de Defesa Aérea, da base de Anápolis, a 140 km de Brasília. Atualmente a unidade começa a operar com os primeiros quatro Mirage 2000C/B, usados, de um lote de 12 unidades comprado do governo da França em 2005. O negócio, de US$ 80 milhões, fixa a entrega do último jato para outubro de 2008.
Os aviões, fabricados nos anos 80, foram rebatizados F-2000 no 1º GDA. Podem permanecer até dez horas no ar, com reabastecimento em vôo. Levam 6,3 toneladas de mísseis e bombas inteligentes, além de 250 tiros de 30 mm para o canhão de bordo. O radar permite detectar vários alvos a longa distância, simultaneamente.
Cinco grupos disputavam a concorrência anterior, avaliada entre US$ 700 milhões e US$ 1 bilhão. Era prevista a compra de 12 caças, mais suprimentos. As empresas brasileiras Embraer e Avibras participavam da disputa como líderes de consórcios constituídos com a francesa Dassault e a russa Sukhoi-Knaapo, respectivamente.
Fonte: O Estado de S. Paulo