Timor Leste elege novo presidente na quarta-feira

Os eleitores do Timor Leste decidirão na quarta-feira (9), no segundo turno das eleições presidenciais, quem será o novo presidente do país entre o chefe do parlamento, Francisco “Lu Olo” Guterres, e o primeiro-ministro, José Ramos Horta.

Guterres, da Fretilin, o partido no governo, e Ramos Horta foram os candidatos mais votados no primeiro turno eleitoral, disputado em 9 de abril passado.



O nível de participação na ocasião superou 81,77% dos eleitores, mesmo assim nenhum dos dois aspirantes ao cargo presidencial obteve mais de 50% dos votos.



Nesta terça-feira (8), o presidente da Comissão Eleitoral (CNE), Faustino Gomes Cardoso, destacou que se registraram para votar cerca de 268.917 mulheres e 255 mil homens.



Até o fim desta terça-feira tudo transcorria com normalidade no país e não havia notícias de conflitos ou violência.



Mais de 1.600 agentes da polícia e das forças de segurança sairão às ruas durante as eleições, indicou o porta-voz da Força Internacional acantonada no país, o comandante Ivan Benítez.



Para muitos timorenses, essa força fracassou em evitar a violência gerada pela crise econômica por lutas provocadas por organizações pró australianas e que desejam derrubar o governo de independência do país.



A Igreja Católica, uma das organizações que apóia as forças pró-Austrália, pediu aos cidadãos que compareçam às urnas para votar, assim como pediu que seus fiéis aceitem naturalmente o resultado das urnas.



Depois das eleições presidenciais o país terá também eleições legislativas, que devem ocorrer em 30 de junho, determinando a composição do futuro governo.



O Timor Leste, situado entre a Austrália e a Indonésia, tem uma extensão de 14.670 quilômetros quadrados e 900 mil habitantes. Rico em petróleo, razão do interesse imperialista da Austrália, é considerado um dos países mais pobres do planeta.



A ex-colônia portuguesa transformou-se em uma nação independente em maio de 2002, após um referendo celebrado em agosto de 1999, que colocou a 24 anos de sangrenta ocupação indonésia.



A Fretilin, no poder desde então, segue uma política de independência em relação aos governos ocidentais e denuncia seguidamente os ataques provocados por potências estrangeiras contra os interesses do país.