Programação cultural também fará parte do Pan
O esporte não será a única atração para os espectadores dos Jogos Pan-americanos 2007. Com uma programação especial, os museus do Rio de Janeiro e de Niterói se preparam para atrair turistas, atletas e até jornalistas estrangeiros.
Publicado 20/05/2007 14:25
Na semana passada, representantes de 60 museus se reuniram com dirigentes do departamento de Museus e Centros Culturais e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para elaborar uma agenda especial para o campeonato. A programação ocorre do dia 3 de julho até 25 de agosto.
Segundo o diretor do departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento, haverá exposições sobre a história da Rio e do esporte em locais como o Museu Histórico Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu da Maré.
Ele estima um aumento no número de visitações no período, demanda que deve continuar até depois da competição. “Esse tipo de ação cria condições para que não fique pontuada apenas durante o evento. Ela cria condições para que a gente possa exercitar e ampliar, no imaginário da cidade, a presença dos museus durante o período”.
Depois dos jogos, acrescentou, o COB vai doar medalhas, uniformes e outros objetos usados no evento para que a memória do Pan seja preservada nos museus.
Na avaliação dele, o campeonato é uma questão estratégica para o país. “Tanto agora quanto para as Olimpíadas de 2016. Esperamos que a cidade esteja mobilizada e que não haja nenhuma demonstração contrária ao desejo de o Brasil ser sede dos jogos olímpicos”.
Loja oficial
Na semana passada, a primeira loja oficial dos Jogos Pan-americanos foi inaugurada na Barra da Tijuca, zona Sul do Rio de Janeiro. Até julho, quando ocorre o campeonato, devem ser abertas outras 51 unidades. Elas vão vender os produtos oficiais do evento e alguns itens exclusivos, como camisas e canecas.
Segundo Comitê Organizador dos Jogos (CO-Rio), mais de 500 produtos foram licenciados para serem comercializados com o selo oficial do Pan, artigos como roupas, brinquedos, perfumes, pôsteres, cartões postais e até bebidas alcoólicas.
O Co-Rio espera arrecadar R$ 10 milhões com o licenciamento dos produtos. Os empresários, por sua vez, estimam lucro de R$ 100 milhões com a venda desses itens.
Uma pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae) e da Fundação Getúlio Vargas mostra que 62,7% dos micro e pequenos empresários da região metropolitana do Rio esperam um aumento no comércio durante os jogos.
De acordo com o gerente da área de estratégias e diretrizes do Sebrae, César Kirszenblatt, os setores que mais devem se beneficiar com oportunidades de negócios relacionadas ao Pan são: hotelaria, gastronomia, cultura, entretenimento e roupas e assessórios.
“Há uma expectativa positiva, não só de vendas, mas do impacto dos negócios. No que se refere a roupas e acessórios, devem crescer as vendas nos produtos com temas ligados ao Pan, tipo camisetas e brindes”.
A pesquisa foi feita em 312 estabelecimentos de 35 segmentos dos setores de comércio e serviço. Segundo o Sebrae, micro e pequenas empresas equivalem a 98,5% das empresas do Rio e geram 40% dos empregos formais no estado.
Fonte: Agência Brasil