Comissão Política PCdoB/PR debate estratégia eleitoral dia 26

Formação
 
Também neste fim de semana se encerra o primeiro de uma série de três cursos de formação e capacitação de dirigentes intermediários – de Curitiba e região metropolitana – que serão realizados no estado. Uma das aulas será ministrada por Walter Sorrentino e haverá ainda uma oficina de avaliação, como conclusão da atividade.

Os participantes do curso receberão um certificado de participação como forma de incentivar o esforço coletivo e individual pela busca do conhecimento e de uma sólida formação política e ideológica.

Para nortear a reunião deste sábado, o comitê estadual do PCdoB paranaense divulgou o projeto de resolução política do estado.

Projeto de resolução

Tática audaciosa, com objetivos eleitorais ampliados para 2008
 

1) O quadro político na América Latina e no Brasil sinaliza para o avanço das forças progressistas e de esquerda. Ao lado disso, ocorre uma reanimação das mobilizações dos movimentos sociais, intensificando a pressão e a disputa de rumos no país. Nesse sentido, o PCdoB realiza um movimento de reposicionamento político, visando constituir um bloco partidário e social para impulsionar a luta pelas mudanças na economia e impedir retrocessos nos direitos dos trabalhadores;
 

2) No Paraná, depois do pleito eleitoral de outubro, temos um governo de matiz progressista que busca aprofundar medidas de caráter político de demarcação com o neoliberalismo, realiza ações de integração continental e mantém relações com os movimentos populares e sociais. É um rumo geral progressista. No plano partidário, o quadro apresenta em linhas gerais uma acentuada polarização, grosso modo, em dois blocos de forças: a situação – PMDB, PT, PCdoB e parcelas de outras forças e a oposição – PSDB, PFL, PDT e PSB. Há ainda forças que se situam num campo intermediário como PPS, PTB e legenda menores;
 

3) Diante do quadro devemos trabalhar por uma ampla política de alianças, tendo como referência o bloco de forças de sustentação dos governos de Lula e Requião. No entanto, no plano municipal, é possível celebrar alianças com outros partidos, desde que não rebaixe nossas perspectivas políticas e a identidade partidária;
 

4) Para concretizar os nossos objetivos eleitorais as direções municipais devem envidar todos os esforços no sentido intensificar e ampliar as filiações, para criar condições políticas mais favoráveis de disputa nas eleições de 2008;
 

5) As direções municipais devem construir, desde já, chapas próprias de vereadores, chapas ampliadas, com o objetivo de aumentar de forma significativa nossas representações nas Câmaras Municipais;
 

6) Em cada município onde o partido estiver organizado devemos criar as condições políticas para lançar candidaturas próprias para Prefeito ou de disputar espaço em chapas majoritárias. Nas maiores cidades, e onde acumulamos forças, medidas concretas devem ser adotadas para assegurar esta orientação. Curitiba e algumas cidades da Região Metropolitana, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, cidades do sudoeste do estado, do noroeste e norte pioneiro temos condições de apresentar candidaturas;
 

7) É uma transição de tática eleitoral que requer uma atitude mais ousada do partido no estado. As direções municipais precisam agir no sentido de abrir o partido para amplas e novas filiações, de nomes representativos, com vistas a garantir o êxito eleitoral. São novas condições políticas e o partido necessita crescer a sua força política, robustecer sua estrutura organizativa e aprofundar seus laços com amplas camadas do povo. Os ampliados objetivos eleitorais exigirão, além de uma atitude mais afirmativa, direções efetivamente comprometidas com esse rumo;
 

8) O 2º Encontro Estadual sobre questões de partido (junho) enfatizará a necessidade da estruturação partidária e adotará medidas tendentes a preparar o partido para a grande batalha de 2008. Também será o início do processo de mobilização da base partidária para as conferências municipais do segundo semestre;
 

9) As mobilizações do movimento social em curso, as eleições das entidades estudantis, a reorientação do nosso trabalho sindical e a preparação do Fórum Social do Mercosul e outras atividades se inserem no esforço de acumulação de forças políticas-orgânicas do partido.