UNE quer que Estado brasileiro reconstrua sede no Rio
A reconstrução da sede nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE) e a criação de um fundo exclusivo para assistência estudantil para as universidades públicas foram as duas principais reivindicações apresentados pelos líderes estudantis que estive
Publicado 30/05/2007 18:57
Segundo o presidente da UNE, Gustavo Petta, o Presidente Lula acatou as duas propostas, dizendo que encaminharia os pedidos para que fosse avaliados. Sobre a reconstrução da UNE, Petta lembrou que o prédio na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, foi incendiado em 1964 e demolido em 1980 pela ditadura militar, “portanto a destruição foi de responsabilidade do Estado brasileiro”, afirma Petta
Ele explica que a reivindicação da UNE não representa um pedido de ajuda, mas a exigência da devolução de um patrimônio. No local deve ser construído, além das instalações da UNE, o Museu da Memória do Movimento Estudantil e o Centro Cultural, com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer.
O Presidente Lula disse que, além de tomar providências a nível federal, vai reforçar o contato com o governador do Rio, Sérgio Cabral. Os estudantes já mantiveram contato com Cabral, que “mostrou simpatia” com a proposta, nas palavras de Petta.
Os estudantes estão acampados há quatro meses no terreno da antiga sede da UNE, na Praia do Flamengo, 132, aguardando a decisão final da justiça para dar início à construção do seu Centro Cultural. A posse do terreno já foi negada aos antigos invasores e as atividades culturais continuam acontecendo no local.
Assistência estudantil
A proposta de criação de um fundo exclusivo para custear a assistência aos estudantes das universidades públicas, como moradia e alimentação, por meio dos restaurantes universitários, será encaminhado ao ministro da Educação, Fernando Haddad.
Petta explicou que atualmente as despesas com esses itens estão incluídos nos orçamento das universidades, o que impede a ampliação e melhoria dos serviços. Apesar do compromisso assumido pelo Presidente Lula, “vamos manter o calendário de manifestações programados para o mês de junho para pressionar o governo a anunciar a rubrica”, diz Petta.
Apoio à greve
Durante a audiência, os líderes estudantis – além de Petta, participaram do encontro Tiago Franco, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Marcelo Gavião – também manifestaram apoio ao movimento grevista dos servidores das universidades federais.
Segundo a Federação de Trabalhadores de Servidores das Universidades Brasileiras (Fasubra), os servidores estão paralisados em torno de uma lista com 14 reivindicações incluindo questões salariais e benefícios sociais.
Outro item considerado importante pela Fasubra é a derrubada do projeto de lei que prevê que até 2016 todas as despesas da União com pessoal e encargos poderão aumentar, no máximo, a correção da inflação mais 1,5% ao ano.
De Brasília
Márcia Xavier