Putin vai ao ataque: OMC é “arcaica e antidemocrática”
O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu neste domingo (10) que as instituições econômicas internacionais, entre elas a Organização Mundial do Comércio (OMC), são “arcaicas e antidemocráticas”. Por isso, é preciso criar sistemas para livre comércio na
Publicado 10/06/2007 15:55
Os países que integram a OMC e outras entidades internacionais exercem “protecionismo” e levaram ao “congelamento” das negociações para o livre comércio, afirmou Putin, durante o 11º Fórum Econômico de São Petersburgo.
“Algumas estruturas que estavam projetadas para um pequeno número de atores ativos parecem arcaicas, antidemocráticas. E não chegam a levar em consideração o equilíbrio do mundo moderno”, declarou o presidente russo, segundo a agência Itar-Tass.
Putin se referiu desse modo não apenas à OMC mas também ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial. Ele alertou para o fato de que “os velhos métodos para tomar decisões simplesmente não funcionam”.
“Isto se pode ver bem na OMC e nas negociações de Doha, que de fato estão em uma situação de congelamento”, disse Putin, que também advertiu que “o protecionismo vem das economias desenvolvidas que fundaram a organização”.
“Nova arquitetura”
“Para estimular o comércio e os investimentos é necessário pensar na criação de instituições de livre comércio na região euro-asiática”, defendeu o presidente. A Rússia deseja entrar na Organização Mundial do Comércio, mas apenas sob “condições aceitáveis.” As negociações já duram mais de uma década e enfrentam obstáculos pelas tensões da Rússia com a União Européia.
Putin sustentou que é necessário criar uma “nova arquitetura de relações econômicas internacionais” para contrastar com o desequilíbrio da economia mundial, cujo aumento considerou como constante.
“O desequilíbrio em desenvolvimento da economia global, que aumenta a divisão entre países ricos e pobres, se percebe cada vez mais forte”, disse Putin. “É preciso uma nova arquitetura das relações internacionais, baseada na confiança e na mútua integração, visando um desenvolvimento sustentável.”