Novas denúncias fecham cerco contra prefeito Dário Berger
Novo despacho enviado pelo juiz Zenildo Bodnar à Câmara de Vereadores mostra gravações que comprometem o prefeito e seu irmão, o deputado federal Djalma Berger (PSB). O texto sugere o envolvimento dos Berger com o esquema de venda de leis e liberações de
Publicado 09/07/2007 18:35 | Editado 04/03/2020 17:14
“Eu pressionei muito para eles fazerem rapidamente pra cumprir, pra cumprir… esse compromisso que eu tenho com a hotelaria”. A frase foi dita em 12 de dezembro de 2006 pelo prefeito Dário Berger durante conversa com o ex-vereador Michel Curi, que usava o telefone do vereador cassado Juarez Silveira. O assunto: um projeto de autoria de Dário que autoriza a prefeitura a conceder 50% de desconto em impostos municipais para a rede hoteleira.
A proposição, enviada em regime de urgência à Câmara e aprovado na última sessão do ano passado, beneficia empresários como Fernando Marcondes de Mattos. O proprietário do Resort Costão do Santinho, preso na Operação Moeda Verde, também aparece nas conversas tratando da redação da legislação. Segundo Juarez Silveira, Mattos teria doado meio milhão para a campanha eleitoral de Djalma Berger.
O presidente da Câmara, Ptolomeu Bittencourt Júnior, afirmou que deve entrar com projeto revogando a lei. O assunto também passou a concentrar as atenções da CPI instalada na casa para apurar as denúncias da Operação Moeda Verde, que poderá passar a concentrar os trabalhos na avaliação dos projetos de autoria do executivo.
Justiça nega mandado de segurança
O juiz Hélio do Valle Pereira negou nesta segunda-feira o mandado de segurança impetrado pelos advogados do ex-vereador Marcílio Ávila na tentativa de anular a cassação. Marcílio, que estava viajando durante a sessão que aprovou a sua cassação e a do colega Juarez Silveira na semana passada, alegava não Ter direito à defesa. No texto, o juiz ainda tece crítica à ausência de Ávila. Para ele, a viagem foi uma “estratégia para criar nulidade ou evitar o desgaste da presença na cidade”.
Abatido pelo desgaste da cassação, o ex-vereador entregou sua carta de demissão da presidência da Santa Catarina Turismo (Santur) ao governador em exercício, Leonel Pavan.
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De Florianópolis,
Ana Claudia Araujo