Liga dos Camponeses Pobres denuncia tortura de militante

Em nota distribuída à imprensa, a Liga dos Camponeses Pobres denunciou que um grupo de 15 policiais ambientais invadiu um acampamento em Jacinópolis (região de Nova Mamoré) prendendo o sem-terra José Carlos Costa Figueiredo. Pedem a sua libertação. A

O companheiro Carlos estava trabalhando na roça junto de mais um companheiro plantando café. Por volta das 10h40, quando um dos companheiros foi buscar o almoço avistou cerca de 15 policiais da Sedam fortemente armados. Este companheiro correu ao perceber que Carlos estava sendo algemado. Ele ainda avistou Carlos sendo levado para dentro da mata quando aproximadamente a uns 250 metros de distância, ouviu vários tiros disparados. A maior possibilidade é que se não tiverem assassinado o companheiro, ele possa estar preso na sede da Fazenda Condor (posto da polícia- Sedam). Logo que soube do acontecido, a LCP de Rondônia entrou em contato com o Comando da Polícia Ambiental em Candeia do Jamari e o Comando afirmou não saber desta prisão, até às 17:00h.



 


Os camponeses estão vivendo nesta área há mais de um ano e estão plantando e colhendo, construindo estradas, pontes, ou seja, estão fazendo prosperar a região. Porém não é isto que a imprensa burguesa-latifundiária reconhece. O que fazem é justificar, legitimar a matança de camponeses que só lutam por um pedaço de terra para morar e plantar. Exemplo disto foi a publicação de matéria no jornal Folha de Rondônia (administrado por um grupo ligado ao governador Ivo Cassol). Acusaram os camponeses pobres de “bandoleiros”, “invasores”, “bandidos”, “andam encapuzados e armados”, tudo para como uma forma de dar passe para a ação da polícia contra camponeses pobres e suas lideranças. Bandidos são eles!


 


Nós sabemos que na sede da Fazenda Condor funciona uma pista de pouso clandestina para o tráfico de drogas, armas e munições, além de servir ao contrabando de veículos roubados. Isto tudo com a proteção da polícia ambiental e polícias locais.A mesma coisa acontece no sul do Pará. Acusações semelhantes são feitas aos camponeses pobres desta região, que são tratados pelo grande monopólio de imprensa como bandidos.
O jornal Folha de São Paulo e a revista Veja também foram porta-vozes desta campanha contra camponeses pobres. Este é o conhecido método porco no qual imprensa reacionária é imbatível, de acusar sem provas, de despejar todo o rancor e incômodo com a luta e a organização popular para açular a repressão e justificar toda a sorte de perseguições às lideranças camponesas e seus movimentos. Isto realmente não é novidade, mas serve para mais uma vez desmascarar a defesa que estes órgãos da imprensa reacionária fazem destes grandes latifundiários, grileiros de terras da união, traficantes de drogas.
Exigimos a libertação imediata do companheiro Carlos.
Fora Sedam e Ibama da Amazônia, jagunços do imperialismo!
Viva a luta combativa dos camponeses!


 



Liga dos Camponeses Pobres — RO