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Postos de gasolina já dispõem de diesel com 2% de biodiesel

Desde o início do primeiro dia de 2008 todo óleo diesel vendido nos 35 mil postos de combustível do país deve ter em sua composição 2% de biodiesel. A chegada do chamado “B2” significará uma economia de aproximadamente US$ 410 milhões, reduzindo a dependê

Apesar de o preço do biodiesel ser superior ao do diesel, o governo descarta um aumento no preço do litro do combustível para o consumidor, mas reafirma que caberá aos donos de postos regular o valor cobrado. “Acreditamos que não haverá aumento do preço até por uma questão de marketing”, disse na última sexta-feira (28/12) o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner.



Ele destacou o impacto positivo no meio ambiente. “A grande vantagem é ter para o país um combustível alternativo que ajuda na redução das emissões de gás carbônico, que reduz os índices de poluição”, afirmou.



O governo está otimista com o sucesso e com a adaptação do mercado à mistura de biodiesel ao diesel. Por isso aposta que poderá já em 2008 dar autorização, mas não tornar obrigatório, a mistura de 3% no derivado do petróleo do produto extraído de plantas .



O ministro disse também que não haverá desabastecimento do diesel. Ele citou o fato de 2007 ter produzido 450 milhões de litros de biocombustível e a Petrobras ter feito um estoque estratégico a mais de 100 milhões de litros para atender qualquer solavanco nos 35 mil postos espalhados pelo país.



Meta de 5% antecipada



A capacidade instalada do país para a produção do “B2”  já é suficiente para viabilizar a antecipação da meta de adição de 5% de biodiesel ao produto mineral – prevista inicialmente somente para 2013. A informação é do superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Edson Silva, que acrescentou que a capacidade instalada do país hoje é da ordem de 2,5 bilhões de litros de biodiesel.



Este volume, segundo ele, dobrará em pouco tempo, pois já estão em análise pedidos de autorização para a construção de novas usinas. “O Brasil já tem uma capacidade instalada que suporta, inclusive, o B-5. São 49 usinas autorizadas, capazes de produzir mais de 2,5 bilhões de litros por ano. E outras 44 estão em fase de exame na Agência. Essa capacidade instalada dá conta não apenas do consumo do B2, a partir de 1º de janeiro (terça-feira), mas também da antecipação das metas para o B5″, disse.



Para que isso ocorra, no entanto, será necessária uma decisão governamental. “E o presidente Lula já tem sinalizado nesta direção. Se a determinação for dada, nós teremos condições de antecipar”, garantiu.



Na avaliação do superintendente, no entanto, a tendência é de que esta antecipação ocorra de forma gradativa. “Nós da ANP temos examinado a possibilidade de que a antecipação se dê de forma progressiva, que haja uma transição gradual, não o pulo direto para o B5. Primeiro passaríamos para o B3, o que poderia ocorrer já em 2009, depois o B4, até chegar ao B13”, adiantou.



Da redação, com agências