Sem categoria

Centrais condenam taxa de juro em 11,25% ao ano

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho), afirmou que “não há justificativa plausível” para manter a taxa de juros básica no atual patamar. Segundo ele, a manutenção da taxa no valor atual a torna proibitiva para

Além da Força Sindical e da CUT, entidades empresariais, como Fiesp, CNI, Fecomercio e ACSP condenaram a decisão do Conselho de Política Monetária) Copom de manter os juros em 11,25%.


 


Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, as autoridades monetárias estão obcecadas por “juros estratosféricos”, em choque com o “anseio geral por crescimento econômico sustentável”. “Tudo parece conspirar contra o Copom, preso à sua obsessão pelos juros reais mais altos do mundo”, diz a nota distribuída nesta quarta-feira (5) pela central.


 


Em nota, o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, também comentou a decisão do BC. “A resistência do Copom em não diminuir a taxa de juros básica de nossa economia só reforça a percepção de que o Governo privatizou a soberania monetária da nação ao interesse de bancos e fundos financeiros”.


 


E acrescentou: “A gestão da dívida pública sob taxas elevadas por seu ‘livre’ arbítrio vem sendo o meio pelo qual o Estado tem patrocinado a maior operação de transferência regressiva de renda de que se tem notícia em países democráticos”.


 


“Esta resolução se choca com os esforços do Governo Federal e do conjunto das forças produtivas nacionais para implementarmos um crescimento acima dos 5%”, questionou a manutenção da taxa Selic, o presidente da CGTB, Antônio Neto.


 


A CTB também não refrescou nas críticas: “Os índices de inflação de janeiro e de fevereiro na verdade mostraram arrefecimento dos preços. O próprio BC informa que o mercado financeiro prevê que a inflação ficará em 4,41% em 2008 e em 4,22% no ano que vem, frente a uma meta de 4,5%. O que explica então o fato de o Brasil retornar à liderança mundial em termos de taxa real de juros (descontada a inflação) enquanto os países ricos vão em sentido contrário?”, indagou.


 


E respondeu: “Uma pista é a orientação dos 'analistas de mercado' — uma meia-dúzia de funcionários das instituições financeiras que é semanalmente consultada pelo BC (a pesquisa Focus, que apura as 'previsões' de instituições do 'mercado' para diversas variáveis macroeconômicas)”.


 


Em reunião nesta quarta-feira (5), o Copom decidiu manter a taxa Selic em 11,25% ao ano, pela quarta vez consecutiva. Com a decisão, a taxa básica de juros do País permanece inalterada desde setembro do ano passado e volta a ocupar o topo do ranking internacional.


 


Fonte: Diap, com Agência Sindical