Fiscais da Receita mantêm a greve
Os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil continuam em greve em todo o país. Eles reivindicam reajuste salarial de 42%, mas o governo só oferece 17%. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) considera que o perce
Publicado 20/03/2008 10:55 | Editado 04/03/2020 17:12
Eles comparam ao reajuste oferecido aos analistas tributários (servidores administrativos), que foi de 34% no salário inicial. No primeiro dia de greve, terça-feira, a maioria dos 12 mil auditores fiscais do país paralisaram suas atividades (trabalhando 30% conforme exigência da lei), de acordo com o balanço do Unafisco. Nesse regime, só serão liberados, nos portos e aeroportos do país as cargas vivas (perecíveis, explosivas e inflamáveis) e medicamentos. O sindicato disse que os principais aeroportos brasileiros, como Guarulhos e Viracopos, o porto de Paranaguá, do Rio de Janeiro e Vitória, operam parcialmente, causando atrasos.
Em Porto Alegre, a adesão ao movimento era de 40% no primeiro dia. Nas regionais de Canoas, Caxias do Sul, Santa Maria e Rio Grande a suspensão das atividades chegou a 100%, conforme a Associação Gaúcha dos Auditores Fiscais do Trabalho (Agitra). O presidente da entidade, Valdir Knecht, garante que o efetivo mínimo de 30% dos servidores em cada unidade será mantido. Em cidades onde há apenas um auditor, a orientação é de que não interrompa o serviço.
Knecht criticou o fato de o governo ter apresentado um plano de carreira que também contraria as normas gerais de progressão. Outro problema estaria em cumprir requisitos, sem a devida contrapartida do governo federal. 'Nos últimos 12 anos, houve pouquíssimas capacitações, não favorecendo a todos os servidores. Há pouco estímulo também para se obter titulações', lamentou. No RS, há 217 auditores fiscais.
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