Comitê Olímpico rechaça pressão pró boicote aos Jogos de Pequim
O presidente do Comitê Internacional Olímpico (CIO na sigla em inglês), Jacques Rogge, belga, rechaçou neste domingo (23) as pressões em favor de um boicote das Olimpíadas de Pequim, a pretexto da crise no Tibete. “Os Jogos Olímpicos são uma força a servi
Publicado 23/03/2008 16:47
“Pensamos que ao abrir a China aos olhos do mundo, através de 25 mil representantes da mídia que assistirão à manifestação olímpica, o país mudará. Os Jogos Olímpicos são uma força a serviço do bem. Eles são um catalizador de mudança, mas não um remédio para todos os males”, diz o texto.
“O CIO respeita os direitos do homem. Respeitamos as ONGs e grupos militantes, assim com as causas que eles sustentam. Aliás, dialogamos regularmente com eles. Mas não somos uma organização política, nem um organismo militante”, explica a nota de Rogge.
Os analistas coincidem em acreditar que os episódios de violência em Lhasa e outras cidades visaram constranger a China às vésperas das Olimpíadas – para as quais o país vem se preparando zelosamente há alguns anos. A negativa do CIO em fazer o seu jogo, apesar da pressão dos simpatizantes do separatismo tibetano, fez com que estes recuassem para objetivos mais modestos.
“Não penso que se deva fazer um apelo pelo boicote dos jogos. Ficar em casa seria um grande erro. É preciso tentar conduzir ações fortes, lá [em Pequim], com atletas que se sentem engajados”, disse o maratonista francês Yohann Diniz, pensando em desta forma “enviar uma mensagem à China e à opinião pública”. Ele cogita a possibilidade de um boicote confinado apenas à solenidade de abertura, ou à de encerramento.
O novo plano também é hostilizado pelo Comitê Internacional Olímpico, que vê nele uma infação da Carta Olímpica. “Vamos ter que ver como podemos contornar esse problema”, disse Diniz.
Da redação, com agências