Grupos de Capoeira fazem apresentação cultural em forma de protesto
Aconteceu na Câmara de Vereadores uma roda de capoeira em protesto ao requerimento rejeitado de autoria do vereador Paulinho da Silva(PCdoB).
Publicado 23/03/2008 20:26 | Editado 04/03/2020 17:14
O requerimento do vereador solicitava uma audiência pública dos oito grupos de capoeira com a FASC, Secretaria de Educação, Secretaria de Esportes e Fundação Cultural para discutir o desenvolvimento da Arte da Capoeira em Chapecó.
A roda de capoeira contou com a participação dos grupos Beribazu, Conceição da Preia, Porto da Barra e Artes das Gerais. De acordo com o capoeirista, Milton Muniz, a audiência pública que foi solicitada era uma forma de mobilizar a população e exigir o direito de democracia. “A indignação é que a base do governo rejeitou o requerimento sem nem saber o que é a cultura afro-brasileira e qual é o nosso trabalho e também nos sentimos ofendidos com a fala do líder de governo, Itamar Agnoletto, que afirmou que capoeira é baderna”, afirmou Muniz.
Para Wendel Soares, integrante também de um grupo de capoeira, a roda de capoeira foi feita com a intenção de sensibilizar os vereadores e também entregar um ofício ao Presidente da Câmara para participarem da Tribuna Livre. “Reza a constituição de que temos o direito de exigirmos políticas públicas para atender a demanda da capoeira”, explicou Soares.
Os representantes dos grupos entregaram no gabinete do vereador e presidente da Câmara, Nilso Macieski, um ofício solicitando a Tribuna Livre para que eles possam fazer uma explanação sobre a capoeira aos vereadores.
Flávia R. Durgante
Chapecó-SC