Carrion apresenta nota do PCdoB sobre crise no governo Yeda
O deputado Raul Carrion, líder do PCdoB na Assembléia Legislativa, apresentou na sessão plenária desta terça-feira (17) a nota do Partido aprovada em reunião realizada pela Comissão Política. O documento faz uma análise da crise pela qual pa
Publicado 17/06/2008 17:49 | Editado 04/03/2020 17:11
Para os comunistas, o momento é decorrência da aplicação de um projeto superado para o Rio Grande do Sul, que não corresponde às expectativas do povo gaúcho.
Veja a íntegra da nota do PCdoB:
Na essência da crise do governo Yeda/Feijó está o seu projeto
A Comissão Política do PCdoB RS, ao avaliar a grave crise por que passa o governo do estado do Rio Grande do Sul, entende que ela é, sobretudo, decorrência de um projeto que não serve aos interesses do povo gaúcho.
O governo de Yeda e Feijó (PSDB/DEM), desde o seu início, vem acumulando seqüência de crises políticas e, neste momento, a partir das denúncias apuradas pela Polícia Federal na operação Rodin, passa por extensa e grave crise ética, que envolve sérias denúncias de corrupção em órgãos importantes do estado como o DETRAN.
O PCdoB sempre esteve na oposição a este projeto do tucanato e democratas instalado no Piratini. Este mesmo governo que hoje se vê mergulhado em graves denúncias de corrupção é o que vendeu parte das ações do Banrisul, é o responsável pelo sucateamento da Uergs, a desqualificação do ensino público através da enturmação, pela terceirização dos serviços públicos com as Oscips, e crise na Segurança Pública.
É um governo autoritário que persegue e criminaliza os movimentos sociais. Resume-se, portanto, que o chamado ''novo jeito de governar'', é o velho modelo neoliberal. Está na contramão do país. É, na verdade, a política de diminuição do investimento público e o enfraquecimento do papel do estado, o que causa graves prejuízos à população. Tanto Yeda como seu vice, Paulo Feijó, defendem o estado mínimo, ou seja, igualam-se na visão de projeto privatista.
O PCdoB defende que haja o prosseguimento das investigações e que os culpados sejam efetivamente punidos. O Rio Grande do Sul, precisa superar rapidamente esta crise, pois quem perde com ela é o povo gaúcho.
Porto Alegre, 11 de junho de 2008
Isabela Soares