Amazônia: Projeto Rondon no PAC e no currículo universitário

Em julho de 2008, com as Expedições Inverno, no Vale do Ribeira, Xingu e Norte de Minas, o Projeto Rondon enviou mais de 850 rondonistas para as regiões de mais baixo IDH do país, ultrapassando, 2005 a 2008, a marca de 5500 mil rondonistas que ultrpass

O Projeto Rondon vive uma nova fase com o sucesso das Expedições Verão e Inverno que são expedições de retorno, permitindo que as universidades e os rondonistas retornem aos municípios já visitados e possam trazer o desenvolvimento de novas áreas baseado em novos problemas diagnosticados na expedição inicial. Além disso, mudou o critério de participação dos rondonistas, pois antes o estudante tinha que estar cursando o último ano ou período do curso, mas agora, para ingressar no projeto, o aluno tem que ter cursado pelo menos 50% do curso.


 


O Rondon vem dando ênfase ao desenvolvimento do plano de gestão pública, Plano Diretor, Gestão Hospitalar, o estímulo ao cooperativismo agrícola elevando os índices de produção agrícola e combatendo a monocultura, o desenvolvimento de estrutural do saneamento básico das regiões e a capacitação dos técnicos de saúde quanto à prevenção de DST´s, doenças endêmicas, tratamento da saúde da mulher e adoção efetiva do Programa de Saúde da Família pelos municípios. É papel dos DCE´s e da UNE levarem o debate para cada universidade do país, para que aumente o número de universidades participantes.


 


Um dos objetivos da UNE com o Rondon que é construir o Currículo das universidades desenvolvendo a Extensão Universitária e aumentando a qualidade de ensino o que vem sendo realizado com êxito.Como exemplo, temos a UnB que institucionalizou o Projeto Rondon que faz parte de duas disciplinas da grade curricular dos alunos, proporcionando dois créditos. Em 2007, 150 alunos se inscreveram na matéria Projeto Rondon, esse número se levou para 170 em 2008, sendo um exemplo a ser seguido e estimulado pelas Pró-Reitorias de Extensão. Além disso, vem sendo criado nas universidades as associações de rondonistas fato que também deve ser estimulado e encabeçado pelos DCE´s em parcerias com os CA´s locais e com o apoio e logística da UNE.


 


O desenvolvimento estrutural do país pelas mãos dos estudantes que é outro objetivo da UNE também tem sido aprofundado com o Rondon. Em 2007, a equipe da UniVAP (SP), que foi pro Chuí, identificou um alto índice de mortalidade infantil relacionado à falta de saneamento básico, a partir daí, a equipe desenvolveu um projeto para melhorar o sistema de saneamento do município. Com o projeto em mãos, o prefeito de Chuí foi ao Governo Federal solicitar dinheiro para a execução das obras.


 


A qualidade da proposta apresentada pelo município e o cumprimento pela prefeitura das exigências para o repasse das verbas fizeram com que Chuí fosse um dos 1000 municípios atendidos pelos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC)/Funasa. Ou seja, é o movimento estudantil construindo um projeto de extensão que coloque de fato a Universidade Brasileira a serviço do Brasil, permitindo que os estudantes apliquem a tecnologia desenvolvida nos laboratórios das universidades em prol do desenvolvimento da nação.


 


* Ubiratan Cassano Santos é Secretário Geral da UNE e José Antônio Mello (Zeca) é 1º Diretor de Universidades Pagas da UNE e Coordenador Nacional do Projeto Rondon pela entidade.