Paraolimpíadas: atletas bolsistas ganham 15 medalhas

Os atletas da delegação paraolímpica brasileira beneficiados pelo Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte fizeram bonito nos Jogos. Das 47 medalhas do Brasil, 15 foram conquistadas por bolsistas – cinco ouros, três pratas e sete bronzes, no judô, bocha,

O ministro do Esporte em exercício,  Wadson Ribeiro, atribui o bom desempenho dos paraatletas à capacidade de superação de cada um individualmente aliado a um crescente investimento do governo federal. Ele destacou que quase metade da delegação brasileira nas paraolimpíadas é de beneficiários do Bolsa-Atleta e que para o próximo ciclo – Parolimpíadas de 2012, em Londres – “vamos seguir o rumo vitorioso, aumentando os investimento para dar melhor condições aos nossos atletas”.


 


O velocista Lucas Prado foi o bolsista que garantiu mais medalhas. Ele conquistou três ouros: nos 100m, 200m e 300m. Outro atleta com mais de uma medalha é o jogador de bocha Eliseu Santos que ganhou bronze no individual e ouro em dupla.



A atleta Jerusa dos Santos, 26 anos, que conquistou medalha de bronze nos 200m rasos na categoria para deficientes visuais, é outra que recebe o benefício mensal do Bolsa-Atleta. As dificuldades da menina acreana que nasceu com catarata foram superadas no esporte. Ela já pensa nas olimpíadas de Londres em 2012. “Essa vitória está me estimulando a seguir em frente. Londres promete. Eu espero conseguir uma marca melhor ainda. Quem sabe até chegar perto de um ouro”.



O programa Bolsa-Atleta é exclusivo para esportistas que não possuem patrocínio. A iniciativa tem o objetivo de garantir uma manutenção pessoal mínima aos atletas de alto rendimento, buscando dar condições para que se dediquem ao treinamento esportivo e participação em competições visando o desenvolvimento pleno de sua carreira esportiva.



Os bolsistas ainda fecharam os jogos nas Paraolimpíadas com chave de ouro. No futebol de 5 (para deficientes visuais) o Brasil ficou em primeiro lugar e contou com o reforço de nove bolsistas no time.



O Brasil obteve o melhor resultado da história em paraolimpíadas. Conquistou 47 medalhas: 16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze. Além disso, assegurou o 9º lugar no quadro geral de medalhas.



Bolsa é essencial



Jerusa começou no atletismo em 2001, quando o presidente da Federação de Atletismo do Acre a convidou para entrar no time. Para ela, “a bolsa é essencial, porque um atleta precisa ter um recurso básico para se manter no esporte. O programa permite a minha manutenção mínima como atleta”, explica.



Ela se emociona ao lembrar da vitória nos 200m rasos e de ter vencido uma atleta da Grã-Bretanha, que era a favorita ao bronze. “Foi emocionante, porque eu tinha mais expectativa nos 100m rasos. Passar para a final dos já era um resultado surpreendente”.



Com informações do Ministério do Esporte


Atualizada às 17h55m