Egito proporá a Israel aceitar iniciativa pacificadora árabe

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, tentará persuadir seu colega israelense, Shimon Peres, a aceitar uma iniciativa de paz árabe quando se reúnirem na quinta-feira (23) em um balneário do Mar Vermelho.

Peres deve viajar até a localidade turística de Sharm el Sheikh, no sudeste, para dialogar com Mubarak sobre as vias mais apropriadas para dar novo impulso ao o estancado processo de paz do Oriente Médio, basicamente o desacordo israelense-palestino.



O Egito tem mediado a favor de um entendimento entre os 12 grupos palestinos e também facilitou em junho passado um acordo de trégua entre o Movimento da Resistência Islâmica (Hamas), que controla a Faixa de Gaza, e o governo de Israel.



Atualmente, o Cairo tenta um acerto entre as autoridades israelenses e as do Hamas relativo à troca de mil presos palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit, aprisionado na faixa desde 2006.



Segundo meios de comunicação egípcios, o encontro Peres-Mubarak tratará de destravar as conversas para a libertação de Shalit com a renovação de um oferecimento ao grupo islâmico.



Também prevê concretizar formas de fomentar a paz entre Telavive e o resto das nações árabes, pois só este país e a Jordânia mantêm relações diplomáticas com o estado judeu.



O escritório de Peres em Telavive, por seu lado, acrescentou que os dois governantes contemplam discutir a atual crise econômica global e outros assuntos de interesse bilateral e de impacto na região.



O encontro de Sharm el Sheikh ocorrerá em coincidência com o convite feito pelo Egito aos diferentes grupos palestinos para ir a uma reunião reconciliadora em 9 de novembro, no Cairo, a fim de adotar uma posição unida frente a Israel.



Tanto o governo egípcio como os restantes membros da Liga Árabe consideram imprescindível solucionar as divisões e rivalidades no povo palestino para poder negociar a paz com o estado judeu em melhores condições.



Nesta segunda-feira, a Autoridade Nacional Palestina advertiu que Israel poderia evitar seus compromissos nas conversas de paz com os palestinos sob o pretexto de preferir um chamado a negociar a paz regional, segundo insinuou o ministro de Defesa judeu, Ehud Barak.