EUA: encanadores reais apóiam obama
Seis mil trabalhadores da construção civil de várias partes do estado de Michigan marcharam na última terça-feira (21) até o Edifício Federal McNamara, em Detroit, para mostrar apoio à organização Employee Free Choice e para a candidatura do senador Ba
Publicado 23/10/2008 18:07
Os trabalhadores partiram da sede do sindicato IBEW na rua 58 e dentre eles haviam pintores, vidraceiros, operadores de máquina, gesseiros, carpinteiros, eletricistas, pedreiros, metalúrgicos e, naturalmente, encanadores, como ressaltou o presidente do sindicato: ''há muitos encanadores de verdade aqui, e não o tal Joe, da chapa McCain-Palin e que nem é encanador de verdade''.
Na demonstração, Mark Gaffney, presidente da sessão de Michigan da AFL-CIO, passou a vez a Pat Devlin, presidente do Conselho de Sindicatos da Construção Civil, que pediu a todos os trabalhadores que tirem os dias 3 e 4 de novembro de folga, ''para não deixar as ruas até que consigamos eleger Obama presidente e construir uma maioria no Senado americano''.
Devlin passou a oratória a Richard Trumka, tesoureiro da AFL-CIO, que encorajou os trabalhadores a retornarem aos seus postos de trabalho e convencer seus companheiros indecisos dos ''motivos necessários de apoiar Obama''.
Trumka também falou da política anti-trabalhista levada a cabo nos últimos oito anos, assim como do National Labor Relations Board, que agiu de forma anti-trabalhista ao utilizar táticas de atrasar e abandonar as questões trabalhistas. ''E é por isso que precisamos do Employee Free choice Act'' afirmou, referindo-se à uma nova legislação trabalhista americana.
Ele comparou o período atual à década de 1930, dizendo que ''durante o debate de segunda-feira à noite, Obama disse que não assinaria um tratado comercial com a Colômbia, por causa da política do país, que aprisiona e assassina sindicalistas. É por isso que precisamos de Obama''.
Vários outros representantes sindicais falaram no ato, assim como o representante de James Hoffa, presidente do The International Brotherhood of Teamsters, o sindicato dos caminhoneiros, que disse ''Nós temos nossas diferenças no movimento sindical, mas nós precisamos trabalhar juntos para eleger Obama presidente e conseguir a aprovação da ''Employee Free Choice Act''.
Gary Petters, um democrata pró-trabalhista que luta contra o arco reacionário composto pelos seguidores do deputado republicano Knollenberg no estado falou contra o corte de impostos a empresas que mudaram suas indústrias para fora do país.
O congressista John Dingell discursou sobre o passado de sua família, ao lado dos trabalhadores, e as coincidências entre a Lei Wagner, de seu pai, e a Employee Free Choice Act.