Governo do Nepal analisa integração do exército republicano

O gabinete do Nepal analisou nesta sexta-feira (23) a formação de um comitê especial que terá a difícil tarefa de integrar o novo exército republicano.

Esta reunião do Gabinete, dirigido pelo Partido Comunista Maoísta (PCN-M), foi atrasada algumas vezes devido a diferenças entre os partidos no cenário político nepalês sobre a natureza e composição desse painel.



Esse comitê deverá sentar as bases para estabelecer o novo exército, montado a partir da fusão do atual corpo, o Exército Real Nepalês, e os guerrilheiros do PCN-M, a quem enfrentou na luta contra a monarquia de 1996 a 2006.



A principal organização na oposição, o Congresso Nepalês, pretende que o painel seja dirigido por outros partidos e não apenas o maoísta, ou ao menos que sua direção seja rotativa. Do contrário, ameaçou de integrar o painel.



Por outro lado, o premiê Pushpa Kamal Dahal reafirmou que o novo governo compreende totalmente os sentimentos e necessidades dos corpos de segurança.



O dirigente maoísta presidiu ontem à noite um ato pelo aniversário da Força Policial Armada (APF), no qual criticou os  que duvidam que o novo governo seja capaz de dirigir todos os corpos de segurança.



“Acho que quem participou na guerra compreende melhor a importância da paz”, afirmou Dahal.



O presidente assegurou que a nova autoridade no país pode refletir os sentimentos e necessidades de todas as forças armadas, incluídos o exército, a polícia, a APF e os combatentes maoístas.



Em um comparecimento anterior, o premiê observou que a integração do novo corpo armado poderia ser completado  em seis meses.