Os diferentes sabores da aguardente brasileira
Mineira, capixaba, carioca, baiana, cearense, goiana, gaúcha, paulista, catarinense ou paranaense. A variedade de sabores da aguardente brasileira será o atrativo da Praça da Cachaça, espaço criado para degustação e venda de destilados durante a 5a Fei
Publicado 18/11/2008 11:28
O evento chega ao Rio de Janeiro já consolidado. As quatro primeiras edições, realizadas em Brasília (DF), reuniram 1.798 empreendimentos agroindustriais e artesanais, movimentaram R$40 milhões e proporcionaram, nas Rodadas de Negócios, acordos entre 290 empreendimentos da agricultura familiar e 164 compradores, entre redes de supermercados, hotéis e restaurantes.
Um dos 18 expositores da Praça da Cachaça é o agricultor familiar capixaba Francisco André Fiorotti, produtor da cachaça Itaraninha. Ele irá mostrar que a tradição secular da família Fiorotto, produtora de cachaça desde 1887, é o segredo de uma aguardente adocicada e de teor alcoólico concentrado (em torno de 47º GL).
“Todos que experimentam falam que o sabor é forte e suave ao mesmo tempo. Meus clientes são mais do Espírito Santo e de Minas Gerais, mas tem gente que compra para consumir em Londres e nos Estados Unidos”, conta. Para comercialização e degustação na Feira, ele já preparou um estoque de mais de 100 litros.
O processo de produção da Cachaça Itaraninha é todo artesanal e feito num alambique montado na Fazenda Ipiranga, município de Itarana (ES). Até ficar pronto para o consumo, são necessários pelo menos dois anos entre o plantio da cana-de-açúcar, o corte, a moagem, a fermentação e o descanso da garapa. Para alcançar o tom amarelado, o armazenamento ocorre durante um ano em tonéis de carvalho. A versão transparente da cachaça Itaraninha é resultado do descanso, também por 12 meses, em tonéis de aço inox.
Cachaça carioca
A aguardente do Rio de Janeiro promete ser tão lembrada pelo público quanto a já apreciada cachaça mineira. Um dos expositores cariocas é Sérgio Luiz Peralta, agricultor familiar de Paty Alferes, cidade ao centro-sul do estado (microrregião de Vassouras) que, entre seus pontos turísticos, possui o Museu da Cachaça.
Para a Feira, ele já separou 120 litros de três tipos de cachaça: a branca, a Guaribu e cachaça com mel. “Com essas três versões, será muito difícil não agradar até aqueles que são exímios degustadores da bebida”, diz ele.
Peralta participou de todas as edições da Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária. “Esse evento nos proporciona um nível de divulgação dos produtos que nenhum outro nos trouxe”, complementa. O produtor também comemora o fato de o evento, cujas edições anteriores ocorreram em Brasília, ter migrado para o Rio de Janeiro. “Agora fica mais fácil atender os pedidos que acontecem após a Feira”, diz.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário