Sindicato dos Metalúrgicos distribui material contra redução de salários na Randon
O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e região continua mobilizado na defesa do emprego e do salário dos trabalhadores, em razão da crise econômica exportada pelos EUA, muitas empresas caxienses estão ameaçando com desemprego e,
Publicado 26/01/2009 10:40 | Editado 04/03/2020 17:11
Na manhã desta segunda-feira (26) o Sindicato esteve na frente da empresa, no bairro Interlagos. Distribuiu folhetos que alertam os trabalhadores sobre os riscos da proposta patronal.
No carro de som, o presidente Assis Melo lembrou aos funcionários que a proposta só oferece garantias para o lado da empresa e esquece o funcionário. “A Randon não dá garantias ao trabalhador. Além de reduzir o salário, não garante o emprego,” alertou.
A Randon teve lucro histórico em 2007 e acima da média em 2008. Mesmo assim, ocorreram mais de mil demissões por ano. Como alternativa à proposta de redução salarial e de jornada, o Sindicato propõe a compensação de horas, que já está prevista no dissídio.
Semana de mobilização
O Sindicato está realizando assembléias nas portas das fábricas desde a semana passada. Este movimento deve ser intensificado nesta semana. A idéia é culminar com um grande ato de mobilização no dia 30.
Os metalúrgicos querem o apoio da sociedade e dos demais trabalhadores nesta luta em defesa do emprego e dos salários. “Reduzir salário, como querem os patrões, é mais recessão, é aumentar a crise. Sobe o preço dos alimentos, do material escolar, do IPTU, da água e do vale transporte. E o salário vai diminuir? Salários reduzidos afetam toda a comunidade. É ruim para a indústria, para o comércio, serviços, enfim afeta a todos”, diz Melo.
Para o sindicalista a crise precisa enfrentada de outra maneira: com a promoção do desenvolvimento e da renda do trabalhador. Para ele a redução de salário não interessa ao trabalhador. Serve apenas para manter ou ampliar os lucros da empresa. Isso ao custo do sofrimento de milhares de trabalhadores e suas famílias, que já sofrem com os baixos salários, mesmo sem redução. “E pior ainda, vai jogar água fria no comércio de Caxias e da região, aumentando a recessão. Tudo isso em beneficio de um só, ou de um punhado. Em busca de lucro máximo, a qualquer custo, dá as costas aos trabalhadores e à comunidade”, conlui.
De Caxias do Sul
Márcio Schenatto e Clomar Porto