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China é quem mais investe em infra-estrutura no mundo

Em um esforço para frear os efeitos domésticos da turbulência global, a China começa a gastar bilhões de dólares em novas estradas, ferrovias e outros projetos de infra-estrutura. O plano de incentivo promete levar com profundidade a modernidade das regiõ

Enquanto o presidente Barack Obama e o Congresso delineiam um plano de ajuda de US$ 825 bilhões para os Estados Unidos, a China já realiza seus esforços há dois meses.
 


E enquanto os democratas deixam de lado os pedidos para grandes projetos de transporte, com a Câmara dos Representantes destinando menos de 5% dos gastos para a construção de estradas, linhas de trem e programas de transporte em massa, a China continua a pavimentação de estrada e instalação de trilhos.
 


E, ao contrário dos Estados Unidos, o país asiático tem dinheiro para pagar por esse trabalho, com poucas dívidas e um déficit minúsculo.
 


A China gastará US$ 88 bilhões construindo linhas de trens entre cidades, a mais alta prioridade no plano, e já gastou US$ 44 bilhões no ano passado e US$ 12 bilhões em 2004, informou John Scales, coordenador de transportes para a China no Banco Mundial (Bird).
 


“Creio que nada se compara a isso, a não ser talvez o avanço da rede ferroviária dos Estados Unidos no início do século XX”, disse Scales.
 


O governo de Pequim incentiva os poderes locais e das províncias a continuar com seus projetos. Os gastos nacionais, das províncias e locais combinados para o estímulo econômico prometem mudar a face da China, dando ao país uma das melhores infra-estruturas mundiais para movimentar bens e pessoas rapidamente, de modo mais barato e confiável em grandes distâncias.


 
A China já construiu tantos quilômetros de linhas férreas de alta velocidade nos últimos quatro anos quanto a Europa em duas décadas. Afora os transportes, quase todo o restante do programa de estímulo nacional da China será gasto em aeroportos, estradas e projetos ambientais, em particular no que diz respeito ao tratamento das águas, disse Feng Fei, membro do Gabinete chinês.


 
Os planos elaborados pelas agências governamentais em Pequim e outros lugares são tão extensos que se chocam com a política do governo que já existe há muito tempo, de manter a auto-suficiência na produção alimentar.
 


O Ministério do Planejamento e Recursos da Terra disse no final de dezembro que procura maneiras de “tomar emprestadas” terras que deverão ser cultivadas em 2011 e 2012, e usá-las para projetos de estímulo econômico agora.



Fonte: New York Times