Japão, Europa e EUA anunciam corte de 80 mil trabalhadores
Diante da crise econômica global e na tentativa de reduzir os custos, empresas nos EUA, Europa e Japão anunciaram no começo desta semana mais de 80 mil demissões, com destaque para o conglomerado Caterpillar, que cortará 20 mil empregos, ou cerca de 18% d
Publicado 27/01/2009 13:53
As 12 maiores montadoras do Japão esperam cortar um total de 25 mil empregos no atual ano fiscal, que termina em 31 de março, para lidar com o declínio do setor.
Na Europa, a Corus, segunda maior siderúrgica européia em produção, irá eliminar 3,5 mil empregos, além das 500 demissões anunciadas anteriormente. No total, 9,5% da força de trabalho da empresa será dispensada. A Corus irá estender o corte de 30% na produção até o segundo trimestre deste ano em conseqüência da desaceleração da economia.
A Philips, fabricante holandesa de produtos eletroeletrônicos, anunciou novos planos de corte de custos, incluindo a demissão de seis mil funcionários em todo o mundo.
A Pfizer, que anunciou a compra da Wyeth em um acordo avaliado em US$ 68 bilhões, disse que irá eliminar 10% da sua força de trabalho, o que equivale a mais de oito mil funcionários.
A Sprint Nextel, por sua vez, vai cortar cerca de oito mil empregos, ou 13% de sua força de trabalho total, em todos os seus níveis. A General Motors irá demitir mais dois mil trabalhadores, em Ohio e Michigan, nos EUA, enquanto a Home Depot irá eliminar sete mil empregos.
Reação de Obama
O presidente Barack Obama declarou nesta segunda-feira (26) que os cortes mostram a urgência de seu programa de estímulo econômico. O pacote, de US$ 825 bilhões, incluiria redução de impostos, benefícios sociais de emergência e investimentos públicos. “Não se trata apenas de números em uma página”, disse Obama. “Como no caso dos milhões de empregos perdidos em 2008, estamos falando de homens e mulheres cujas vidas foram perturbadas e cujos sonhos terão de ser adiados”.
A economia norte-americana eliminou 2,6 milhões de empregos desde o início da recessão, em dezembro de 2007 – o pior resultado bruto desde 1945. A taxa de desemprego no país subiu para 7,2% em dezembro. Os economistas se preocupam com a possibilidade de que a economia esteja perdendo até 600 mil empregos ao mês. Na semana passada, os pedidos de seguro-desemprego haviam subido a 589 mil na semana encerrada em 17 de janeiro, repetindo o recorde de dezembro.
Da redação, com agências