Encontro avalia conquistas e desafios institucionais do PCdoB

Na noite de abertura do Encontro, Ronald Freitas, falou sobre os desafios do PCdoB na frente institucional em face da atual conjuntura política. Freitas, que é o secretário nacional de Relações Institucionais do partido, disse que o PCdoB cresceu consideravelmente nos últimos anos e o grande ganho para a legenda não está só nos números, mas também na qualidade da atuação política.

 
“Estamos participando do jogo político sob as regras do capitalismo, mas estamos tirando proveito disso para governar para o povo. O nosso partido está caindo no gosto popular. Hoje, somos muito mais aceitos”, disse Freitas.

 
Para o secretário de Relações Institucionais, é esta aceitação popular que delineia os novos desafios do PCdoB. O primeiro deles é a criação de um debate político mais elevado. Freitas acredita que essa aproximação com povo contribui para uma nova cultura em que há uma maior consciência política. O que, por conseqüência, leva a um segundo desafio: ser claro e transparente com a população.

Segundo o secretário, os gestores do PCdoB trabalham com limites e possibilidades. “Essa é a dialética comunista, mas sempre explorando os limites”, comentou. E completou: “é desenvolvendo este tipo de trabalho na esfera institucional que a população tem a chance de avaliar o nosso partido, de ver que somos sérios, competentes e ligados aos interesses do povo”, argumentou Ronald Freitas.

 
A administração sob o olhar do PCdoB

No sábado, quem falou sobre essa dialética entre o orçamento de uma cidade e o trabalho para atender as necessidades de seus habitantes foi o secretário da Fazenda de Olinda, Marcelino Granja, na palestra “Gestão financeira e governabilidade – repercussões do Orçamento e da Execução Orçamentária do município sobre as esferas parlamentar e da luta social”.

 
Granja foi secretário da ex-prefeita Luciana Santos e conhece bem os problemas da cidade. Hoje, como secretário da Fazenda do prefeito Renildo Calheiros, trabalha para controlar os gastos da cidade diante da crise econômica mundial e ainda dar andamento às obras que estão mudando a cara do município.

 
“O diferencial do PCdoB, assim como a base governista do presidente Lula, é que estamos encarando a crise de frente e investindo os recursos em obras e serviços essenciais para que tenhamos um retorno da população”, explicou.

 
A luta unida
Esse trabalho afinado com os partidos da base aliada foi esmiuçado pelo secretário nacional de Organização do PCdoB, Walter Sorrentino, na explanação “Acúmulo de força na frente institucional (parlamento e governos): a construção do PCdoB”.

 
Em sua fala, Sorrentino explicou o quanto o acúmulo de forças foi extremamente importante para o desenvolvimento do PCdoB e a crença do partido na união para promover uma sociedade mais justa e igualitária. “Na luta do presente, a gente faz o futuro”, disse.

 
“Esse é um campo meio difícil de trabalhar, porque quando você apóia ou é apoiado por alguém as pessoas tendem a acreditar que você está fraquejando e deixando seus princípios de lado. Com o PCdoB acontece justamente o contrário: estamos tão seguros de nossos princípios que estamos abertos a diálogos constantes”, argumentou o secretário de Organização.

 
Durante todo o sábado, os filiados e militantes puderam intervir após as palestras e relatar suas experiências nos diversos setores dos poderes públicos pernambucanos. Apesar do dia inteiro de constantes debates, os participantes permaneceram no Plenarinho da Assembléia Legislativa até o fim das atividades já no início da noite.

 
O sentimento que ficou, além da necessidade da constante luta para a implantação de um projeto político mais justo e humano, foi o de diferencial. “Eu tenho certeza que o PCdoB tem alcançado estes êxitos porque constantemente tem promovido encontros como este em que convoca os seus filiados para avaliar a atuação política. Dos partidos que conheço pouquíssimos ou quase nenhum tem essa preocupação e esse relacionamento com a sua militância, fazendo com que ela se sinta parte desta construção”, concluiu Sorrentino.

 
Do Recife,
Daniel Vilarouca