Governo da Colômbia desautoriza declarações do vice
O governo colombiano declarou neste domingo que vai insistir no combate ao narcotráfico e ao crime organizado através do Plano Colômbia, apesar das críticas do vice-presidente, Francisco Santos.
Publicado 16/03/2009 11:23
“É preciso continuar com o Plano Colômbia. Este Plano é necessário para poder consolidar os resultados da luta contra o narcotráfico e o terrorismo”, indicou um comunicado da chancelaria.
Em entrevista publicada no domingo pelo jornal El Tiempo, Santos disse que “o Plano Colômbia, que nos ajudou muito e foi muito importante em um momento crítico […] não é mais necessário”.
Segundo o vice-presidente, é necessário repensar as relações com o governo norte-americano, visando construir uma nova relação de “mútuo respeito”.
“O tratamento que temos recebido por parte de setores da sociedade civil norte-americana e por parte de setores do parlamento deste país é injusto com a Colômbia. E vou dizer mais: é indigno”, afirmou Santos ao jornal.
Criado em 2000, pelos governos de Andrés Pastrana Arango e Bill Clinton, o Plano Colômbia visa apoiar o combate ao narcotráfico e resolver o conflito armado no país sul-americano, que recebe US$ 600 milhões por ano dos EUA para manter a iniciativa.
O acordo, contudo, não tem sido pautado apenas na questão financeira, mas, fundamentalmente na assistência militar e na aplicação de uma estratégia baseada na erradicação forçosa de cultivos, na guerra contra a dissidência de qualquer tipo e na abertura de mercados como forma de promover uma suposta dinamização da economia colombiana, que promova viés legais de obtenção de lucro.
Da Redação, com agências