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Venezuela: governo rebate críticas da oposição

Em meio às críticas da oposição venezuelana, que reage à tomada de portos pelo Exército, o governo defendeu, hoje, a reforma da Lei Orgânica sobre Descentralização, Delimitação e Transferência de Competências do Poder Público. De acordo com o deputado da

“Tal como referido no artigo 158 da Constituição, a descentralização está sendo implementada como política nacional para aprofundar e dar poder ao povo e criar melhores condições para o exercício da democracia. E para a eficaz e eficiente prestação das tarefas do Estado”, disse ele.

Durante intervenção em programa transmitido pela Venezuelana de tevevisão, Escarrá salientou que a descentralização é entendida como a transferência de poder para conselhos, a comunidade o poder popular.

A este respeito, afirmou: “O objetivo desta reforma é o de alcançar uma prestação eficiente dos serviços públicos através do poder da população, apesar de alguns setores da oposição querem dizer o contrário.”

Sobre este ponto, e com a controvérsia gerada por setores da oposição – que defendem que a lei visa a dar mais poder ao Governo Nacional – Escarrá disse que esta reforma não está buscando o benefício do Executivo, mas que tem a ver com a segurança estratégica Estado.

“Não podemos ter portos e aeroportos nas mãos dos governadores, que têm dado concessões ao sector privado. E esses espaços, a partir do ponto de vista geopolítico, são os pontos de saída e entrada da  Venezuela no mundo”, disse ele.

O senador argumentou que essa reforma não viola a Constituição e que, pelo contrário, tem o respaldo de todos os governos estaduais e municipais revolucionários do país.

A Lei sobre Descentralização, Delimitação e Transferência de Competências do Poder Público foi aprovada pela Assembléia Nacional. A norma dá ao presidente, Hugo Chávez Frías, a possibilidade de alterar a administração de rodovias, aeroportos e portos.

Adversários de Chávez tem dito que, com a reforma na legislação, o governo quer acabar com a autonomia e minar os recursos financeiros de prefeitos e governadores da oposição.

Ontem, eles solicitaram ao Tribunal Supremo de Justiça que suspenda a ordem de Chávez para que o Exército tomasse o controle dos três principais portos da Venezuela, até então sob responsabilidade de administrações regionais. Segundo a oposição, a atitude seria incostitucional.

Da redação, com agências