Chávez corta gastos e cria empresa nacional de portos
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, firmou, nesta quarta-feira, um decreto para criação da Empresa Bolivariana de Portos e um outro para a eliminação do gasto supérfluo no setor público nacional. A iniciativa é parte das medidas anticrise aprovadas pe
Publicado 26/03/2009 11:23
Em reunião com governadores e prefeitos, o chefe de Estado ratificou: “O exemplo deve vir de casa”. Chávez assinalou que o decreto proíbe o gasto supérfluo, como a aquisição de telefone celular, assim como exige a revisão de gstos em chamadas nacionais e internacionais.
“Cuidado com os cartões de crédito, a compra de veículos. É um exagero o uso de caminhonetes, é um exagero o luxo. O que é faz um governador em uma caminhonete de vidro fumê e 20 caminhões atrás para visitar uma cidade?”, questionou o presidente.
Chávez explicou que o decreto proíbe o desperdício de dinheiro em gastos desnecessários, assim como a designação de missões oficiais no exterior, a contratação de serviços de consultoria altamente especializados, a aquisição e renovação de instalações e a aquisição de mobiliários. Tampouco se permitirá a compra de plataformas tecnológicas, a produção de publicidade e a realização de festas.
“Aqui não estamos para festas. Trabalho, trabalho e mais trabalho”, disse Chávez. O decreto também estabelece o controle das remunerações do pessoal de alto nível na administração pública.
“Deveme acabar os mega-salários. Quem quiser ser milionário que me entregue o cargo”, colocou, convocando todos os funcionários a reverem seus gastos. Também inidicou que aquele que tenha que tenha cometido algum delito de corrupção ou malversação de fundos comprovados, seja do governo ou da oposição, deve ser preso.
Sistema nacional de portos
Chávez destacou que a Empresa Bolivariana de Portos, que será criada como uma figura de sociedade anônima, estará vinculada ao Ministério do Poder Popular para as Obras Públicas e Habitação.
“Esse é um processo de grande importância para seguir construindo a Venezuela nova, a geopolítica nova. Agora se irá elaborar um verdadeiro plano nacional de portos que nunca fez”, manifestou.
Na quarta-feira, o Executivo recuperou o Aeroporto Internacional San Antonio de Táchira, no estado de Táchira, no contexto da polêmica transferência de portos e aeroportos ao Estado Nacional, com a aprovação da reforma na Lei de descentralização pela Assembleia Nacional.
Chávez reafirmou que alguns opositores mantinham um plano para a acabar com a república. “A mal chamada descentralização, formato do neoliberalismo, fez com que, em alguns países da América Latina, os Estados perdessem o controle, por exemplo, do petróleo, de sua produção e extração”, colocou,
Segundo ele, na Venezuela, isso talvez tivesse acontecido, “se não tivesse chegado a revolução bolivariana”.
No fim de semana passado, o governo recuperou portos dos estados de Zulia e Carabobo, após a reforma na Lei.
Fonte: ABN