Aborto, crise e machismo pautam Encontro de Mulheres da UNE
Entre 1º e 3 de maio acontece em Belo Horizonte o 3º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE (EME). O encontro foi convocado no último Coneg (Conselho Nacional de Entidades Gerais) realizado em São Paulo no mês de março. Na pauta estão debates sobre a cris
Publicado 16/04/2009 15:27
O objetivo é debater as diversas manifestações de machismo que ocorrem cotidianamente nas universidades e propostas para combatê-las. A terceira edição do evento evidenciará sua consolidação como fundamental para discutir e traçar ações que denunciem as opressões vividas pelas mulheres estudantes e para construir uma agenda que rompa com essa situação.
A campanha “As mulheres transformando a universidade”, lançada no último dia 4 de abril na cidade do Rio de Janeiro, também será tema do encontro. O objetivo da campanha foi desencadear o processo de debates sobre feminismo nas universidades e mobilizar para o EME.
Aborto e crise
O Encontro será um espaço privilegiado para a construção de propostas voltadas para o âmbito da universidade – a necessidade de uma política de assistência estudantil que contemple as estudantes (como por exemplo, creches, acompanhamento de saúde, etc) e de currículos que levem em conta as questões de gênero, além de pensar os desafios das estudantes trabalhadoras e a luta por uma educação não-sexista.
Segundo as organizadoras, a campanha pela legalização do aborto, aprovada no último EME, foi importante instrumento para visibilizar o debate e denunciar a opressão e preconceito vividos pelas mulheres e a criminalização das que abortam. “A partir da campanha, percebeu-se a necessidade dessa pauta ser constante nas discussões e debates dentro do movimento estudantil”, diz nota da organização do evento.
O evento ainda reafirmará que não são as mulheres quem pagarão pela crise internacional, uma vez que não são responsáveis por ela. “Pelo contrário, sempre denunciamos que este modelo capitalista reforça as desigualdades e o machismo”, agrega a organização.
“Continuamos a denunciar e combater as manifestações de machismo que ocorrem durante as calouradas, trotes, nos cartazes de festas e encontros de área que mercantilizam o corpo das mulheres, reduzindo-as a estereótipos de beleza e sexualidade”, finaliza o texto que convida para o evento.
Da redação, com informações do EstudanteNet