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Dória: por que o Hulu já é o 2º site de vídeos mais acessado

Para quem falava que “caras da velha mídia não sabem ‘fazer’ a internet”, o Hulu está ajudando a quebrar esse mito. O site de vídeos, parceria da Fox com a NBC, que oferece filmes e capítulos de seriados completos, já alcançou o posto de 2º si

Na minha coluna desta semana na MTV, eu citei o Hulu como exemplo de um projeto está tentando buscar o meio termo, ao mesmo tempo agradar estúdios de filmes e usuários de internet. Ser ao mesmo tempo “user-friendly” e “advertiser-friendly”, mesmo que aos trancos e barrancos. É um caminho válido no momento em que os políticos franceses fazem leis radiciais contra o download e o futuro do Pirate Bay está no tribunal.


 


Em popularidade, o YouTube lidera com folga. É o primeiro, com mais de 50% de todas as visitas a sites de vídeos. Mas em matéria de receita e lucro as coisas são um pouco diferentes. Uma recente pesquisa mostrou que o Hulu é um negócio mais sustentável, além de ser mais atraente para anunciantes. O site já gera um lucro de US$ 12 milhões com publicidade. O YouTube? Por enquanto, nada.


 


Com problemas de engenharia e público meio que resolvidos, o futuro do Hulu agora passa por estar disponível não somente nos Estados Unidos (o site já está em negociações com parceiros na Inglaterra) e enfrentar a concorrência de outros grupos de mídia. No ano passado, a CBS lançou o TV.com.


 


Além de atender a uma demanda reprimida, o crescimento rápido do Hulu é atribuído ao site trabalhar dentro do mesmo princípio da iTunes, a loja online da Apple de músicas. Quer combater a “pirataria” para valer? Deixe os processos judiciais de lado e forneça um serviço melhor que os “piratas”, invista em uma “melhor experiência para o usuário” — interface simples, “busca inteligente”, propagandas discretas (você escolhe quais comerciais quer assistir).


 


Principalmente para a pessoa leiga que não sabe o que é BitTorrent e afins, o Hulu se mostra como a solução mais viável nos Estados Unidos, na hora de assistir a um programa completo na web. É um projeto que acompanho desde o começo, pois, na época do lançamento, em 2007, marcou o momento em que as emissoras e produtoras finalmente pararam de dar murro em ponta de faca e resolveram disponibilizar, de uma forma mais estruturada e de graça, o seu conteúdo na rede.


 


Segundo Jason Killar, diretor geral do site, em entrevista à Wired, o Hulu nada mais é o que a grande mídia sempre deveria ter feito.