Prefeituras da Grande BH não darão aumento aos servidores
O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), avisou que a prefeitura não concederá reajuste linear de qualquer forma na folha de pagamentos de seus servidores este ano. Outras prefeituras, como a de Contagem, também não pretendem reajustar os sa
Publicado 06/05/2009 16:55 | Editado 04/03/2020 16:51
As prefeituras dizem que os reajustes não serão feitos devido ao impacto da crise no orçamento das prefeituras da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), principalmente com a queda na arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A Prefeitura de Belo Horizonte calcula que vai perder R$ 200 mihões em arrecadação própria e transferências, cerca de 6,5% do valor total.
Para o diretor do Sindados, Gildázio Cosenza, a prefeitura tem usado a crise como desculpa. “A perda é bem menor do que a prefeitura tem divulgado”, afirma.
Segundo Márcio Lacerda, a meta é segurar o máximo possível de recursos este ano. “Já serão aplicados reajustes automáticos em função de triênios, quinquênios e outros benefícios.” declara.
Em reunião que contou com a presença do Sindicato dos Servidores Municipais de BH (Sindibel), Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind Rede), Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado de Minas Gerais (Sindados), Sindicato dos Auditores Fiscais e Auditores Técnicos de Tributos Municipais de BH (Sinfisco) e Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais (Somge), realizada no dia 22 de abril, a representante do Sind Rede, Vanessa Portugal, defendeu que a população não pode ser responsabilizada pela crise. “Se as coisas continuarem como estão, o trabalhador, além de desempregado, contará também com um ensino e um atendimento médico de pior qualidade”, declarou.
Os demais municípios da RMBH, também vão adiar a discussão sobre aumentos no salário. Eles pretendem manter o quadro de funcionários, investimentos, obras e serviços públicos de caráter essencial.
De Belo Horizonte
Gabriela Porto, com informações do jornal Estado de Minas