PSDB paulista quer meio-termo para prévias entre Serra e Aécio
Diante da insistência do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), em manter sua pré-candidatura ao Planalto, o PSDB paulista estuda uma proposta de prévias que visa restringir o número de filiados consultados. A ideia deve ser apresentada à Executiva N
Publicado 06/05/2009 17:19
Defensor da candidatura José Serra (PSDB), o presidente do PSDB de São Paulo, Mendes Thame, afirma que a proposta é evitar uma consulta muito ampla, que possa ser difícil de ser realizada, mas também garantir que não fique restrito aos delegados que podem votar na Convenção Nacional, marcada para junho do ano que vem.
“Votar com todos os filiados é muito difícil, porque em alguns Estados nós não temos nem um cadastro e o outro extremo é que votem só os convencionais que votariam na Convenção de junho [de 2010]. Então, a proposta seria de um colegiado ampliado, em que votariam deputados federais, deputados estaduais do partido e todos que têm mandatos eletivos”, afirma Thame.
Ele, no entanto, diz preferir que os dois pré-candidatos do partido optem por um entendimento ao invés da disputa. Segundo Thame, quanto antes a oposição definir quem será o adversário da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) –provável candidata do PT–, melhor para já começar a se estruturar. “Nós torcemos para que haja um consenso. Eu prefiro um entendimento o quanto antes, a gente já se estrutura para evitar os problemas que decorrem de uma disputa.”
Já Aécio defende a consulta ampla do partido e promete apoiar o vencedor caso saia derrotado. Ele voltou a apoiar as prévias ontem. “O que eu tenho insistido é que o PSDB, diferentemente do que ocorreu em outras eleições, não tome suas decisões na sua cúpula por duas ou três figuras porque isso pode nos levar aos últimos resultados que não foram favoráveis”, disse ele.
Nas últimas eleições presidenciais, a escolha do candidato tucano foi tomada pela cúpula do partido. O ex-governador Geraldo Alckmin foi escolhido e acabou derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Aécio disse que as prévias serão um momento de mobilização do PSDB. “Eu vejo as primárias do partido, que nós chamamos de prévias, como um extraordinário momento não só apenas para se escolher quem será o candidato, mas de mobilização do partido, de reencontro do PSDB com setores da sociedade brasileira que já estiveram muito próximos a nós, mas que se afastaram do PSDB durante o período que nós fomos governo.”
PMDB
O mineiro afirmou ainda que o PMDB –partido que dá apoio ao presidente Lula– estará ao lado do próximo governo, independentemente do candidato eleito.
“O PMDB é possível até que esteja numa aliança nacional com o PT, mas é muito provável que esteja em alianças regionais conosco. […] O PMDB hoje é um partido imprescindível à governabilidade. Eu não sei se o PT ou o PSDB vai ganhar as eleições, mas eu garanto que o PMDB vai estar no próximo governo.”
Segundo ele, o PMDB estará dividido nas próximas eleições. “Eu acho que o PMDB estará nessas eleições, muito provavelmente, dividido, e depois das eleições, ele será imprescindível à governabilidade enquanto tivermos um quadro partidário tão pulverizado quanto esse que existe no Brasil.”
Da redação,
com agências