Chávez faltou à posse em El Salvador por risco de morte
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não assistiu à posse de seu colega de El Salvador, Mauricio Funes, devido ao risco de que fosse assassinado. A informação foi dada nesta terça-feira pelo seu ministro de Assuntos Exteriores, Nicolás Maduro.
Publicado 02/06/2009 11:14
“Efetivamente, graças a fontes de inteligência sobre grupos de extrema-direita internacional, foi possível captar que havia um alto risco e foi tomada a decisão correta de suspender a visita do presidente Chávez e reprogramá-la para outra oportunidade”, disse Maduro, em comunicado divulgado hoje em Caracas.
“Este tipo de riscos e ameaças se une muito à ideia louca de parte da oposição de direita venezuelana de tentar ameaçar a vida do chefe de Estado”, insistiu.
O chanceler venezuelano confirmou, assim, a versão do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que afirmou na segunda-feira, em El Salvador, que Chávez não assistiu aos atos por “razões de segurança”.
“Por estritas razões de segurança, pelas quais não vamos entrar em detalhes, o presidente Chávez não está, nem esteve de manhã nem está à tarde”, disse Ortega.
Maduro acrescentou que “acredita que grupos com amplo histórico como membros ativos da CIA e do terrorismo internacional estejam envolvidos” no assunto. Segundo ele, as ameaças podem estar relacionadas à presença, em El Salvador, do opositor venezuelano Alejandro Peña Esclusa, que teria participado da campanha negativa contra Funes, utilizando imagens de Chávez.
O chanceler também citou o cubano-venezuelano Luis Posada Carriles, asilado pelos Estados Unidos e que está sendo solicitado pela justiça venezuelana por sua participação em ataque terrorista a avião.
O deputado da Assembleia Nacional, Carlos Escarrá, recordou que foi em El Salvador o “epicentro da atuação de Posada Carriles e de onde chegaram inclusive ao assassinato do Monsenhor Romero e de um conjunto de religiosas”.
De acordo com ele, “há uma rede internacional da direitaque se move com muita energia e pressa. A polícia e o exército salvadorenhos são leais ai presidente Funes e a estes processos de mudança na América Latina”, afirmou.
O deputado expressou que o ataque contra Chávez se deve a sua liderança e projeção internacional. “A cabeça visível de todo um projeto latino-americano, que se encarna no pensamento de Bolívar, de San Martín, de Sandino e muitos outros líderes revolucionários é, sem dúvida. a figura do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez”, defendeu.
Com agências