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Vigarista bilionário de Wall Street leva 150 anos de prisão

O vigarista Bernard L. Madoff foi hoje condenado à pena máxima de 150 anos de prisão pelo tribunal de Manhattan. O antigo presidente da bolsa Nasdaq em Nova York foi condenado pelos crimes de fraude, lavagem de dinheiro, perjúrio, falsas declarações e apr

“Nenhuma outra fraude é comparável ao caso Madoff”, disse o juiz Denny Chin durante a leitura da sentença.



A decisão do juiz vai ao encontro dos pedidos feitos pelas vítimas mas supera largamente a pena pedida pelo advogado de defesa. Ira Sorkin defendeu que o seu cliente devia ser condenado a 12 anos de prisão, tendo em consideração aua idade, 71 anos.



Antes de ser conhecida a decisão final do tribunal, Bernard Madoff teve tempo de pedir desculpa às suas vítimas. “Deixo uma herança de vergonha para minha família. Vivo atormentado por toda a dor e sofrimento que causei. Deixo um legado de vergonha. É algo com que vou ter que viver para o resto da minha vida”, disse Madoff.



 “Dizer que estou arrependido não é suficiente. Peço desculpa”, afirmou o réu, olhando diretamente para as vítimas presentes na sala de audiência.



Durante mais de 20 anos, Bernard Madoff, um dos mais bem sucedidos gestores de Wall Street, enganou milhares de investidores. É autor de uma das maiores fraudes financeira de todos os tempos, no valor de 65 mil milhões de dólares. O seu esquema piramidal foi descoberto em dezembro de 2008, na esteira do crack de Wal Street.



Madoff confessou os seus crimes em março deste ano: “Durante muitos anos, até à minha detenção, a 11 de Dezembro de 2008, geri um esquema piramidal financeiro”.



“A essência da minha fraude era prometer a clientes e a potenciais clientes que iria investir o dinheiro, pagar os lucros e o investimento inicial. Essas promessas eram falsas. Nunca investi o dinheiro como tinha prometido. Esses fundos eram depositados numa conta no banco Chase Manhattan”, explicou Madoff.



Da redação, com agências