Empresa tem prejuízo de US$ 500 milhões com morte de Jackson
A crise financeira fez com que muitos milionários enfrentassem a difícil realidade de cortar gastos — mas aparentemente essa não era a principal preocupação de Michael Jackson. Ele esperava ampliar seus rendimentos com a série de 50 concertos na O2 Arena,
Publicado 29/06/2009 19:46
A empresa AEG havia feito seguro diante da possibilidade de o cantor cancelar os primeiros 20 shows, mas não conseguiu convencer a seguradora a garantir toda a temporada. Somente em publicidade e ingressos, os primeiros 20 concertos estão estimados em US$ 215 milhões. A temporada está estimada em quase US$ 500 milhões.
O cantor também contava com a possibilidade de que os shows ampliassem as vendas de seus álbuns e todo o merchandising que acompanharia a turnê. Com sua morte na quinta-feira (25/06) na Califórnia, Estados Unidos, isso se tornou realidade. Grandes redes de venda de música online registraram um aumento nas vendas de músicas do cantor Michael Jackson, após o anúncio de sua morte. No site da Amazon, 14 de seus álbuns ganharam destaque no ranking dos 20 mais do serviço.
No Reino Unido, o seu primeiro trabalho solo após deixar o grupo Jackson 5, Off The Wall, ocupava o primeiro lugar em vendas na Amazon. Na rede HMV, os discos Thriller e Bad registraram um aumento de vendas de até 500%. Segundo o livro dos recordes Guinness, Thriller é o álbum mais vendido da história da música, com 55 milhões de cópias. Lançado em 1982, o trabalho renderia a Michael vários prêmios Grammy, além de uma fortuna em direitos, shows e marketing.
Foi com o dinheiro que teria acumulado a partir daí que Michael comprou em 1985 o acervo das músicas dos Beatles por US$ 47,5 milhões — usando-as como investimento ao longo dos anos. Esse catálogo vale aproximadamente US$ 1 bilhão e representou também o fim da amizade com o ex-Beatle Paul McCartney, que havia pedido a Michael que ficasse fora do acordo.
Somente em direitos, Michael Jackson recebia anualmente algo em torno de US$ 19 milhões, segundo o Wall Street Journal. Ainda assim, a quantia estava bem abaixo dos US$ 300 milhões a US$ 500 milhões em dívidas que o cantor havia acumulado durante décadas de gastos extravagantes.
Os cálculos indicam que o cantor chegava ao final de cada ano devendo US$ 5 milhões, sem incluir alimentação, roupas e segurança. Para evitar a falência, ele havia programado a venda do rancho Neverland e de uma série de objetos, mas depois voltou atrás. Agora, os itens devem ter seu valor aumentado, como toda a iconografia ligada a Michael Jackson.
Da Redação, com informações da Época Negócios Online