Protestos dizem não à privatização de aeroportos da Infraero
A idéia de passar a concessão dos aeroportos Galeão, no Rio de Janeiro, e o de Campinas, em São Paulo, para a iniciativa privada não agradou nem um pouco os trabalhadores da Infraero. A proposta já foi defendida algumas vezes pela Anac (Agência Nacional d
Publicado 11/07/2009 23:43
Apitos, cartazes, panfletagem e falações em carro de som compõem o ato que teve início às 7 horas e seguiu até às 20 horas. Também participaram alguns parlamentares que fazem parte da frente parlamentar em defesa da Infraero, criada em junho e que conta com quase 90 integrantes.
O funcionário da Infraero Júlio César dos Santos, do Rio de Janeiro, viajou durante 20 horas em um ônibus para compor o ato. Para ele, com a privatização dos aeroportos, perdem o usuário e o trabalhador. A única que sai ganhando é a empresa que recebe a concessão. “Eles querem apanhar a melhor parte, mas, depois, quem vai sustentar os aeroportos deficitários?”, questionou.
Hoje, a Infraero é responsável por 67 dos 2,5 mil aeroportos do Brasil. Dos aeroportos de concessão da empresa, apenas 12 são superavitários. Os aeroportos de Campinas e o Galeão correspondem a mais de 30% da receita da Infraero.
Para o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), a perda da concessão desses aeroportos reflete imediatamente na precarização dos aeroportos que geram pouca renda e, principalmente, na precarização dos trabalhadores do setor.
“A gente sabe que quando há crise os primeiros atingidos são os trabalhadores, que perdem com a redução de salário, redução de direitos que, inclusive, já estão bem precários”, alertou o diretor do Sindicato, Francisco Barros.
Fonte: Portal do Mundo do Trabalho