Irã liberta metade dos detidos em distúrbios pós-eleições
As autoridades do Irã anunciaram nesta terça-feira (28) a liberação de quase a metade dos detidos durante as manifestações posteriores às eleições presidenciais de 12 de junho no Irã.
Publicado 28/07/2009 17:56
Foram postas em liberdade 140 pessoas que estavam aprisionadas em “Evin”, a principal cadeia de Teerã.
Entretanto, ainda permanecem encarceirados mais de 200 manifestantes, inclusive cerca de 50 ativistas políticos, membros de grupos antirrevolucionários e cidadãos estrangeiros, informam agências ocidentais.
De acordo com a emissora britânica BBC, o líder iraniano Ali Khamenei, ordenou o fechamento da prisão de Kahrizak, onde se encontra retido um grupo de pessoas detidas durante as manifestações. Afirma-se em Teerã que Khamenei tomou a decisão por não poder assegurar condições normais de vida aos aprisionados.
Ao mesmo tempo, a oposição informa a cada dia novos casos de morte entre os detidos. Segundo ela, o filho do conselheiro de um dos candidatos da oposição, Mohsen Rezai, teria morrido.
A oposição no Irã organizou protestos, descontente com os resultados das eleições presidenciais de 12 de junho, vencidas com grande vantagem pelo presidente iraniano em exercício, Mahmud Ahmadineyad, que obteve 62,63% dos votos.
Seu principal rival e ex-primeiro ministro, Mir Hosein Musavi, obteve 33,75% dos votos e acusou as autoridades de 'fraude eleitoral'. Seus partidários lançaram então ações de protesto que terminaram em enormes distúrbios de rua e conflitos com a polícia.
Fontes oficiais informaram que os distúrbios provocaram 13 mortes e a prisão de 457 pessoas.