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Governo estuda criar o 'bolsa-floresta'

Consultores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentaram proposta à equipe econômica do governo que prevê a criação de uma espécie de mercado nacional de carbono, com um valor mínimo para cada tonelada de emissão evitada. Assim, famílias, cooperativas e grupos que preservarem a floresta terão direito a um recurso, algo como uma "bolsa-floresta", por prestação de serviços ambientais.

O argumento utilizado para justificar a medida é o de que a floresta em pé tem um valor que pode ser calculado por aquilo que ela deixa de emitir de CO². Além disso, quem a preserva pode receber recursos financeiros por isso e ainda saber previamente com quanto dinheiro contará. A idéia está sendo discutida com o Ministério da Fazenda.

A proposta parte da idéia da criação de um estoque nacional de carbono não emitido. Cada tonelada teria um valor mínimo, a ser calculado pelo governo, que seria revertido a quem preservou. Isso não quer dizer que o governo irá pagar a todos que deixem de desmatar. Ao final de um ano, uma empresa ou associação que obteve determinado crédito pode vendê-lo em um futuro mercado internacional de créditos de carbono, se obtiver um preço além do mínimo estabelecido pelo governo. Mas, com esse modelo, uma família que dificilmente teria acesso a esse mercado também poderia receber pela preservação.

Fonte: amazônia.org