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 Dirceu defende que PT declare apoio a Ciro Gomes em SP

O ex-ministro José Dirceu (PT) voltou a defender, em seu blog, que o PT apoie o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) para que ele se candidate ao governo de São Paulo e não à Presidência. Para o petista, o partido deveria disputar o apoio do PSB e convencê-lo a fechar com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), como candidata a presidente e com Ciro candidato ao governo paulista.

Ontem (6), a ministra ofereceu um jantar em sua casa para dirigentes do PDT, com os quais conversou sobre a disputa de 2010. O PDT é um dos partidos da base governista que cogitam apoiar a candidatura de Ciro à Presidência. Mas, no jantar de ontem, Dilma afirmou que o ideal é haver uma candidatura única da base em 2010. A ministra, porém, não disse se esta candidatura seria a dela.

O PT não abre mão de ter seu próprio candidato à sucessão de Lula. Por isso, pressiona para que Ciro Gomes desista da disputa pelo Planalto.

Foi com este sentido que Dirceu afirmou em seu blog que a legenda (PT) pode perder com Ciro concorrendo à Presidência, especialmente nos palanques estaduais. Ele citou como exemplo o caso de São Paulo, onde o PSB pode formar chapa com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, como candidato a governador, e com o vereador Gabriel Chalita candidato ao Senado.

Além disso, neste cenário, o PT precisaria se concentrar em três frentes na disputa pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: contra o governador de São Paulo, José Serra (PSDB); contra a senadora Marina Silva (PV-AC), e contra o próprio Ciro. "Sem ilusões, é certo que, em busca de um lugar no segundo turno, todos estarão contra Dilma e o PT", disse Dirceu.

Segundo ele, "u o PT caminha para uma eleição plebiscitária ou aceita a candidatura Ciro a presidente e trabalha para resolver suas conseqüências, que serão graves".

As declarações de Dirceu foram feitas após a ex-ministra e ex-prefeita Marta Suplicy (PT) ter declarado, durante reunião da Executiva do Diretório Estadual do partido, que Ciro Gomes "não tem a ver" com São Paulo.

"Quando se esperava um aceno ou mesmo um movimento do PT em direção ao PSB e a Ciro, o que aconteceu foi a reafirmação da candidatura própria", reclamou Dirceu.

A Executiva do PT decidiu que o partido irá discutir um nome de "consenso" até novembro, quando o pré-candidato petista ao governo estadual deve ser apresentado para os partidos aliados. No entanto, a entidade negou que a legenda já tenha decidido pela candidatura própria.

Com agências