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José Alencar: Selic prejudica desenvolvimento

O vice-presidente da República, José Alencar, voltou a criticar duramente, no Rio de janeiro, a decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 8,75% ao ano. Para ele, os juros no Brasil precisam cair, uma vez que as atividades produtivas não conseguem remunerar o custo do capital.

"Enquanto isso não acontece, é claro que o crescimento fica prejudicado. Queremos o desenvolvimento e que as pessoas estejam em condições de consumir, de comprar o que precisam, como o próprio presidente Lula ensina. Mas, para isso, é preciso que os juros caiam, porque o consumidor não pode estar pagando essa taxa que paga. Isso atrapalha o desenvolvimento."

Ele apoiou a criação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em ações e renda fixa. Para Alencar, a iniciativa foi necessária para evitar a sobrevalorização do real.

"No longo prazo, vamos, naturalmente, ver o que acontece e as suas conseqüências e os resultados. Vamos administrar com cuidado como as coisas devem ser administradas." Ele destacou que o governo "não proíbe nenhum brasileiro de investir lá fora". E que, quando o governo investe no exterior, também é em "benefício da empresa aqui dentro". E ressaltou que, quando o país investe lá fora, não significa mandar dinheiro para o exterior "sorrateiramente".

Homenagem

Nas comemorações da edição do Alvará Régio de 15 de julho de 1809, que criou a Praça do Commercio do Rio de Janeiro, marco inicial dos 200 anos de história da Associação Comercial do Rio de Janeiro, a entidade homenageou Alencar, que foi agraciado com o título de sócio emérito e a medalha 200 anos de História da ACRJ – Grau Ouro.

“Fiquei muito honrado porque a Associação Comercial do Rio de Janeiro. Tem muito haver com o Estado de Minas Gerais. Vários presidentes da entidade foram mineiros. Rui Gomes de Almeida foi um grande presidente. E é mineiro de Muriaé; Humberto Mota, é mineiro. Então, são muitos mineiros. Agora eu sou um sócio emérito. E mineiro.”

Alencar, durante seu discurso, frisou que a recursos para combater a violência no Rio. E ressaltou que é preciso haver um engajamento nacional contra a violência. O Brasil, em sua opinião, é um país pacífico, a vocação do brasileiro é pacífica. “O brasileiro não aplaude isso que está acontecendo. Isso é uma minoria insignificante que pratica. Então, é preciso que todos estejam conscientes de que alguma coisa precisa ser feita.”

No campo do policiamento, Alencar afirma que o precisa ser muito preparado e muito bem remunerado, para que haja motivação e segurança constante em relação ao futuro, não só do policial, mas também de sua família para que ele tenha condições de nos ajudar a resolver este problema. “Nem sempre o governo pode fazer tudo que gostaria. Mas é propósito do governo colaborar para que sempre para o policial que exerce uma atividade de grande risco seja melhor remunerado.”

José Alencar fez questão de deixar bem claro que o brasileiro precisa perder o medo de pronunciar a palavra "câncer". Em sua opinião "é preciso falar do câncer, discutir o câncer para vencer o câncer". Segundo ele, o diagnóstico precoce é o fator mais preponderante no combate ao câncer. “É preciso que todas as pessoas no Brasil tenham condições de fazer exames periódicos para que haja o diagnóstico em tempo hábil, porque ele poderá ser curado, como está acontecendo comigo. Eu poderei ser curado, ainda que a minha situação seja difícil.”

Com informações da Agência Brasil e do Monitor Mercantil