Zelaya adverte que Lobo não atuará sem acordo de governabilidade
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse, nesta terça-feira (08), que o governante eleito, Porfirio Lobo, não poderá fazer uma boa administração se não chegar a um acordo de governabilidade com os setores envolvidos na crise política vivida pelo país desde o golpe do dia 28 de junho.
Publicado 09/12/2009 11:20
"O novo governo que tomará posse em 27 de janeiro não poderá operar sem um acordo de governabilidade com todas as partes envolvidas nesse processo", afirmou Zelaya à rádio hondurenha Globo. O líder deposto segue na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, cercada pela polícia e o exército desde 21 de setembro.
Segundo Zelaya, as últimas eleições "não têm legitimidade pelo alto número de abstenção, já que só 40% dos eleitores votaram". Ele advertiu sobre a preocupação da comunidade internacional com a crise em Honduras. "A titude dos givernos é de preocupação. Deve haver uma solução, não podmeos viver na ilegalidade", colocou.
O presidente deposto também reiterou que a antes denominada Frente Nacional de Resistência contra o golpe de Estado deve se transformar em uma plataforma de coordenação política. E reclamar, por meio de uma Assembleia Constituinte, "as transformações que Honduras requer".
Segundo o coordenador geral do movimento, Juan Barahona, este passou a se chamar, desde o último sábado, Frente Nacional de Resistência Popular. Zelaya enfatizou que a Resistência não deve se transformar agora em um partido político, mas "em um eixo para coordenar e aglutinar as forças políticas progressistas".
"A Resistência é a esperança para uma nova Constituição e para a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte", concluiu.
Com Telesur
Leia também:
Zelaya diz que fica na embaixada enquanto o Brasil deixar
Mercosul decide não reconhecer novo governo de Honduras