Para Mercadante, desistência de Aécio deixou oposição encurralada
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), ironizou as declarações dos tucanos de que a aliança somente do PSDB seria imbatível em 2010 e afirmou que a saída de Aécio da disputa abre espaço para a candidata do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País.
Publicado 17/12/2009 18:44
"Acho que abre um espaço para o nosso projeto nacional em Minas. Nossa candidata (Dilma) é mineira, temos lá (o vice-presidente) José Alencar, (o ministro das Comunicações) Hélio Costa, Patrus Ananias (ministro do Desenvolvimento Social), Fernando Pimentel (prefeito de Belo Horizonte)", disse.
Mercadante comentou a demora da oposição em oficializar o nome do governador de São Paulo, José Serra, para a disputa presidencial, como um fator negativo para os oposicionistas. "O lado de lá está numa situação difícil, nós já tivemos assim em 94 com o real, nós estávamos encurralados com a moeda, agora eles estão encurralados por uma nação e pelo povo, pelos índices de pesquisa e popularidade que nós temos hoje, é muito difícil para eles, eu reconheço", disse.
Mercadante considera que a oposição está encurralada agora devido ao apoio da população ao governo Lula. Segundo ele, com Serra o PSDB fica "a cara" de FHC.
Segundo Aloizio Mercadante, a herança que o presidente Luiz Inácio lula da Silva vai deixar será o grande diferencial para a campanha da ministra Dilma Rousseff. Segundo ele, isso sim será "imbatível".
"Vamos apresentar uma candidata que tem história e vamos ter a despedida do Lula, que acho que vai comover o povo brasileiro. Os últimos comícios do Lula presidente vai criar uma sensação de vazio muito grande, uma forte emoção que vai impulsionar de forma decisiva a eleição da Dilma como único caminho para preservar o projeto que nós representamos", afirmou.
Mercadante admite o caráter plebiscitário da eleição presidencial de 2010, com a comparação do governo do presidente Lula com o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O PSDB está dividido, vai continuar dividido e principalmente nós vamos avançar muito em Minas Gerais. O PT não teme chapa puro sangue, nem sanduíche. Nós temos é um governo para apresentar ao Brasil, onde o presidente tem 83% de apoio popular, que é um êxito internacional. O mundo inteiro aplaude o Brasil que deixou de ser um problema na economia mundial para ser solução. Então é disso que nós temos total segurança do caminho que nós vamos construir com a Dilma", afirmou.
Segundo o petista, as alianças da oposição não devem conseguir se sobrepor aos acordos que o PT está fechando para apoiar a ministra Dilma Rousseff. "Nós queremos aliança, não queremos chapa puro sangue não. Temos é muitos partidos querendo apoiar nosso projeto, talvez nossa dificuldade é que temos muita gente. Em 2002 nós tivemos 21% de tempo de rádio, com as alianças que estamos fazendo vamos ter agora 50%. Eles, ao contrário, tinham 42% caíram para 27%. Estamos crescendo, avançando pela qualidade da aliança que estamos construindo", afirmou.
Com agências